O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a privatização do negócio de «handling» da TAP Air Portugal, através de um concurso público internacional, prevendo ter este processo terminado até ao final de Maio, afirmou Valente de Oliveira, ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação.

Valente de Oliveira, no «briefing» após o Conselho de Ministros, afirmou que esta medida «visa acelerar o processo de reprivatização da TAP e cumprir uma directiva comunitária».

O ministro salientou que as regalias dos 2.500 trabalhadores desta divisão serão salvaguardadas, referindo que «se não fizéssemos isto agora, tínhamos que assumir a entrada de um outro operador, nesta área (handling)» e assim «evitamos a desvalorização de activos e despedimentos».

«Esta cisão de negócio não é susceptível de prejudicar os interesses dos trabalhadores», reforçou.

Esta medida adoptada agora pelo Governo «é uma forma de fortalecer a empresa, através de algum encaixe financeiro», segundo a mesma fonte.

O Governo, com este decreto-lei, aprovou a criação da TAP SGPS.

A decisão do Governo de privatizar a TAP por três áreas de negócio era já conhecida, tendo recebido a contestação dos trabalhadores da companhia.

A TAP tem três sectores de negócio: aviação, engenharia e manutenção e serviços a terceiros, sendo este último, o «handling», que consiste dos serviços que a TAP presta a outras companhias aéreas.

A manutenção e serviços a terceiros, aviação e engenharia ainda está por decidir o processo da sua privatização.

O Governo, posteriormente, irá aprovar uma nova resolução para estabelecer a percentagem de reprivatização e a possibilidade de encaixe financeiro. Valente de Oliveira referiu que na próxima semana será lhe entregue a primeira apreciação dessa percentagem, mas que a segunda ainda não tem prazo.