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Governo acompanha situação nas Minas da Panasqueira

O secretário de Estado do Ambiente garantiu este sábado, 21 de Março, que o Governo irá acompanhar a situação das Minas da Panasqueira para perceber a dimensão das dificuldades e prometeu que tudo será feito para que esse "investimento continue".

A lanterna do capacete de um trabalhador ilumina as paredes de máquina de corte numa mina de potássio operada pela OAO Uralkali, em Berezniki, Rússia. Fotografia de Andrey Rudakov
21 de Março de 2015 às 20:04
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"As minas da Panasqueira são um investimento muito importante no nosso país, há um conjunto grande postos de trabalho que dependem dessas minas e tudo se fará para que esse investimento continue", afirmou Paulo Lemos, que falava no Fundão à margem de uma cerimónia de inauguração de dois empreendimentos turísticos de natureza.

 

Na quinta-feira, a administração das Minas da Panasqueira, cuja actividade é da tutela do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, disse que a empresa está a passar dificuldades e admitiu que a actividade pode ser suspensa, se a situação não se alterar.

 

"O mercado é muito atípico e tem de ser acompanhado diariamente, mas se nada mudar seremos obrigados a tomar decisões que serão más para toda a gente. Teríamos de parar toda a produção", afirmou Alfredo Franco, presidente do conselho de administração da Sojitz Beralt Tin and Wolfram Portugal, que detém a exploração daquela exploração de volfrâmio.

 

Este responsável explicou que a situação se prende com as constantes quedas do preço do volfrâmio, que têm provocado "perdas incomportáveis".

 

Questionado pelos jornalistas durante a visita que este sábado fez à região, o secretário de Estado do prometeu que "Governo irá acompanhar a situação no sentido de falar com os empresários e ver quais são as dificuldades que estão a existir em termos económicos".

 

O governante referiu que há a intenção de "rapidamente" reunir com os responsáveis da empresa, mas não adiantou em que data tal ocorrerá, visto que, como ressalvou, a mesma será marcada em articulação com o secretário de Estado da Energia.

 

Na sexta-feira, a Câmara da Covilhã, concelho no qual estão localizadas as Minas da Panasqueira, também anunciou já ter pedido uma "reunião com carácter de urgência" aos ministérios da Economia e do Ambiente para analisar a situação.

 

Em nota de imprensa, o município lembrou que estão "em risco centenas de postos de trabalho directos e muitos outros indirectos" e que "qualquer alteração substancial na actividade das Minas da Panasqueira representará um rombo inimaginável e de consequências catastróficas para toda a economia da região e também para o País".

 

Um problema que, "dada a dimensão", a autarquia reconhece não conseguir resolver "por si só", deixando, por isso, apelo público para a "união de esforços" por parte de todos, designadamente do primeiro-ministro.

 

As Minas da Panasqueira é a única exploração de extração de volfrâmio a laborar em Portugal e emprega 339 pessoas, essencialmente dos concelhos da Covilhã e Fundão, no distrito de Castelo Branco, e Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra.

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