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Goldman Sachs suspende trabalhos para IPO no grupo chinês HNA
O banco de investimento decidiu interromper os trabalhos que estavam a ser desenvolvidos no âmbito de uma possível abertura do capital da Pactera, uma unidade do conglomerado chinês HNA que detém igualmente uma participação indirecta na TAP.
O banco de investimento norte-americano Goldman Sachs decidiu interromper o processo que tinha em curso, no qual estava a ser trabalhada uma abertura do capital, nos Estados Unidos, da Pactera, uma das unidades da esfera do conglomerado chinês HNA (que tem uma participação indirecta na TAP), avançaram quatro fontes à Reuters.
O Goldman Sachs decidiu adiar, pelo menos por agora, o processo para listar a empresa uma vez que o negócio não cumpre as exigências internas de due diligence, acrescentou uma fonte à agência de notícias.
De acordo com o Financial Times, o Goldman Sachs deu início às avaliações internas de due diligence no mês passada, depois de receber o mandato para gerir uma ronda de financiamento que poderia levar a um IPO.
O grupo chinês está presente na TAP através da Azul, companhia de aviação brasileira detida por David Neeleman, accionista do consórcio Atlantic Gateway, que controla 45% a TAP. Através da Azul o HNA subscreveu obrigações convertíveis da transportadora portuguesa.
HNA com presença em aeroportos internacionais
Em Agosto, foi noticiado que a comprou de uma participação no aeroporto de Frankfurt-Hahn, na Alemanha. Por 82,5% do negócio, pagou 15 milhões de euros.
O negócio decorreu depois de os reguladores chineses terem apertado o cerco às operações de compra de grandes grupos do país no resto do mundo, como a HNA ou a Fosun, esta última dona da Fidelidade e da Luz Saúde.
Em Julho, um dos ramos do grupo HNA já tinha comprado uma participação no aeroporto internacional do Rio de Janeiro por cerca de 19 milhões de dólares. É uma pequena fatia dos mais de 40 mil milhões já gastos nos últimos dois anos em compras.