A gestora de activos britânica Genesis Asset Managers, que está integrada na AMG, deixou de ser accionista com participação qualificada na Jerónimo Martins. A alienação das acções ocorreu pouco depois de a cotada ter apresentadp as contas de 2016, que foram mal recebidas na bolsa.

De acordo com um comunicado enviado à CMVM, a Genesis passou a ter menos de 2% do capital da Jerónimo Martins a 24 de Fevereiro, dois dias depois de a empresa ter revelado que os lucros de 2016 cresceram 78% para 593 milhões de euros em 2016, um período em que o EBITDA aumentou 7,8%, para 862 milhões de euros e as vendas subiram 6,5% para 14.622 milhões de euros.

Os números foram mal recebidos no mercado, com as acções a registarem a maior queda desde Junho de 2016 na sessão de 23 de Fevereiro.

A Genesis passou agora a deter 12.505.200 acções da Jerónimo Martins, sendo que tinha passado a fasquia dos 2% a 3 de Janeiro deste ano. 

Após a redução da Genesis, a Jerónimo Martins passou a contar com quatro investidores institucionais com participações qualificadas. Segundo o site da retalhista, a Aberdeen Asset Managers e a Heerema Holding Company detêm cada uma mais de 5% e o BNP Paribas Investment Partners controla 2,2%. A Blackrock, já este ano, também comunicou ter mais de 2% do capital da Jerónimo Martins.

A Genesis faz parte do Grupo AMG, que no final de 2016 geria activos avaliados em 727 mil milhões de dólares.