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Galp quer quota de 3% no mercado de gás natural em Espanha

A Galp Energia, que está a comercializar gás natural em Espanha desde Setembro do ano passado, quer ter uma quota mínima de 3% do mercado espanhol, o que corresponde a vendas totais de cerca de mil milhões de metros cúbicos.

13 de Fevereiro de 2008 às 16:24
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A Galp Energia, que está a comercializar gás natural em Espanha desde Setembro do ano passado, quer ter uma quota mínima de 3% do mercado espanhol, o que corresponde a vendas totais de cerca de mil milhões de metros cúbicos.

O objectivo foi anunciado esta tarde em Madrid pelo presidente executivo da petrolífera, que não se comprometeu com uma data.

Ferreira de Oliveira, apesar de em Janeiro de 2008 ter apenas vendas de gás registadas em Espanha de 60 milhões de metros cúbicos, disse estar confiante quanto à obtenção da meta de mil milhões. "O mínimo para existir como operador de gás em Espanha é ter uma quota de pelo menos 3% a 4% e é fácil lá chegarmos", afirmou.

"Somos a empresa ibérica que tem mais gás para crescer nos próximos anos. Não temos qualquer problema de abastecimento e os contratos que estamos a negociar são para assegurar gás para a próxima década", afirmou o presidente da petrolífera, lembrando que a Galp tem contratos de gás para 5,7 mil milhões de metros cúbicos/anos assegurados, disse o CEO da Galp.

Ferreira de Oliveira salientou ainda que o mercado de gás em Espanha é sete vezes maior do que o de Portugal. Em Janeiro de 2008, a Galp Energia iniciou os fornecimentos aos seus primeiros clientes de gás natural em Espanha: a Saint-Gobain Vicasa, Vetrotex e Virtisú. O sector industrial espanhol representa um consumo anual de 15 mil milhões de metros cúbicos, dentro de um consumo global de 33,6 mil milhões de metros cúbicos, face a um consumo de 3,9 mil milhões em Portugal.

O CEO da petrolífera portuguesa realçou como vantagem competitiva o facto de terem o gás, a experiência certa e o acesso aos ‘pipelines’. A origem dos abastecimentos de gás da Galp, em 2006, foram a Nigéria (55%) e a Argélia (45%), com os quais tem contratos até 2020/2026, com possibilidade de entrega em qualquer ponto de recepção na Península Ibérica.

Em Portugal, onde a Galp tem uma posição dominante no mercado do gás natural, a petrolífera fechou o ano de 2006 (últimos dados disponíveis) com vendas de 4,6 mil milhões de metros cúbicos.

"Não estamos obcecados pelo crescimento, mas queremos uma evolução sustentável para equilibrar as perdas de quota que vamos registar em Portugal com a liberalização do mercado do gás, onde vamos perder o monopólio que hoje temos como incumbente do mercado", afirmou Ferreira de Oliveira.

A Galp Energia está neste momento em negociações com o governo português para a quitação do regime de concessões em vigor a nível da distribuição de gás natural em Portugal. Apesar dos atrasos neste processo, o CEO da Galp diz acreditar que a transição para o regime de tarifas reguladas deverá acontecer no prazo determinado, ou seja, Julho de 2008.

"Estamos a negociar para que a empresa consiga um equilíbrio dos valores com essa transição. Não podemos sair a ganhar ou a perder valor", concluiu.

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