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Galp prevê lucros superiores a 300 milhões em 2004

A Galp Energia espera fechar o ano com resultados superiores a 300 milhões de euros, de acordo com a estimativa apresentada ao conselho de administração na quinta-feira. A confirmar-se, esse valor representa um acréscimo de 21% face aos lucros apurados em

24 de Dezembro de 2004 às 06:30
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A Galp Energia espera fechar o ano com resultados superiores a 300 milhões de euros, de acordo com a estimativa apresentada ao conselho de administração na quinta-feira. A confirmar-se, esse valor representa um acréscimo de 21% face aos lucros apurados em 2003 de 247 milhões de euros.

Segundo um comunicado da empresa, os lucros esperados estes anos vão atingir o valor mais elevado de sempre.

Para este resultado, contribuíram de forma decisiva as elevadas margens da actividade de refinação, para além de uma melhor «performance» operacional e da rentabilidade das duas refinarias que registaram recordes de processamento, não obstante a paragem programada de Sines que provocou uma queda da margem bruta de 25 a 30 milhões de euros.

Outra área destacada é a do negócio do gás natural, onde a maioria dos resultados se deve essencialmente ao aumento do volume de vendas da ordem dos 13%, correspondentes a mais 430 milhões de metros cúbicos e ao impacto positivo da renegociação dos contratos de abastecimento com a Nigéria. A empresa espera fechar o ano com mais 815 mil clientes de gás natural, um crescimento de 8% face a 2003.

«Mais modesta» é a melhoria dos resultados nos negócios comerciais dos produtos petrolíferos, com as margens a estreitar na sequência da forte subida do preço dos combustíveis.

O crescimento do volume de vendas em Espanha permitiu ultrapassar a quebra de volumes sentida em Portugal, na sequência da troca de postos e da racionalização da rede, para além da já referida evolução pouco atractiva das margens comerciais. O volume de vendas a nível ibérico cresceu 4%, não obstante a Galp acabar o ano com menos 70 postos. Nas lojas de conveniência, cujo número cresceu 50%, as vendas aumentaram 48% a nível ibérico.

No segmento de empresas, o destaque vai para subida de 28% verificada no mercado espanhol que permitiu um crescimento ibérico de 8%.

Na exploração e produção os resultados beneficiaram das altas cotações do crude, já que a produção do bloco 14 manteve o mesmo nível.

A empresa salienta a melhoria dos resultados conseguida «num cenário de grande incerteza quanto ao posicionamento estratégico da Galp no sector energético».

O conselho de administração aprovou ainda a nomeação de Pina Moura como administrador não executivo, em representação da Iberdrola, e a entrada de Camillo Gloria, em nome da ENI, para a comissão executiva onde substitui Federico Ermoli que, não obstante, se mantém no conselho de administração.

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