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Galp Energia encaixa 210 milhões com securitização

A Galp Energia encaixou 210 milhões de euros com uma operação de securitização realizada sobre créditos da Petrogal no montante de 300 milhões de euros, numa operação que permite uma poupança anual de 1,5 milhões de euros.

16 de Julho de 2003 às 08:02
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A Galp Energia encaixou 210 milhões de euros com uma operação de securitização realizada sobre créditos da Petrogal no montante de 300 milhões de euros, numa operação que permite uma poupança anual de 1,5 milhões de euros.

A operação, concluída ontem, permitiu uma poupança de 1,5 milhões de euros ao ano, segundo a empresa. A transacção tem um «spread» de 50 pontos de base, o que representa cerca de metade do «spread» que seria conseguido num empréstimo bancário clássico de médio e longo prazo, frisou o director financeiro da Galp Energia, Pedro Dias. Para este «spread» terá contribuído o «rating» de AAA obtido pela emissão junto da Moody"s e da Fitch.

Os fundos obtidos com a operação serão usados no reembolso da dívida de curto prazo da Petrogal, que estava em cerca de 250 milhões de euros, e no aumento da sua maturidade. No entanto, parte será também canalizada para o pagamento dos dividendos que a Galpenergia tem que distribuir hoje pelos accionistas - Estado, Eni, EDP, CGD e Iberdrola, no montante de 40 milhões de euros.

Os créditos objecto desta emissão provêm das unidades de negócio da Petrogal, em concreto dos créditos junto de clientes do retalho, da Galp Empresas (grandes clientes) e da divisão de provisionamento, logística e refinação. A emissão excluiu o sector do gás que, aliás, vai ser destacado da Galp Energia.

A emissão, descrita em comunicado pela Galp como a maior securitização realizada em Portugal por uma empresa industrial, tem um prazo de cinco anos e os títulos vão ser admitidos à cotação na bolsa do Luxemburgo. O mercado português foi responsável por 28% da subscrição da emissão, contando-se a Caixagest, a Esaf do Brupo Banco Espírito Santo e o BPI entre os principais subscritores.

Destaque ainda para a Espanha, mercado prioritário para a Galp, que subscreveu 19% da emissão. A operação, montada pelo Deutsche Bank e pelo CaixaBI, suscitou uma procura superior à oferta, segundo a empresa. Os títulos da dívida foram emitidos pela Galp Investment, com sede na Irlanda.

As vantagens financeiras da operação, o aumento da maturidade da dívida e a diversificação das fontes de financiamento, para além do mercado bancário, são razões genéricas avançadas ainda por Pedro Dias para justificar esta opção.

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