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Galp arrematou 30 blocos nas licitações brasileiras

A Petrogal terminou o segundo dia de licitações e o último para os blocos exploratórios com mais 30 novos blocos no seu «portfolio» que vão adicionar-se aos 24 que já tinha, garantidos em três licitações anteriores.

19 de Outubro de 2005 às 08:52
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A Petrogal terminou o segundo dia de licitações e o último para os blocos exploratórios com mais 30 novos blocos no seu «portfolio» que vão adicionar-se aos 24 que já tinha, garantidos em três licitações anteriores.

A licitação que terminou perto da 22 horas (hora portuguesa), ficou marcada com a aquisição de mais 10 blocos terrestres pela Petrogal e a sua parceira brasileira Petrobrás, na parte da tarde do leilão. Na parte da manhã, o consórcio tinha arrematado mais 10 poços, seis na Bacia Potiguar no Rio Grande do Norte quatro na fronteira de Sergipe e Alagoas. Também concorreu a outros dois terrestres mas sem sucesso.

Na segunda-feira, no primeiro dia da licitação, a empresa portuguesa em parceria com a Petrobrás e, em dois blocos, também com a canadiana Encana Corporation adquiriu outros 10 poços (quatro em terra e seis em mar).

Assim, na sétima ronda de licitações, a empresa portuguesa adquiriu 24 blocos «on-shore» e seis «off-shore», marcando o regresso aos investimentos em exploração marítima, que foi a aposta da empresa nacional quando concorreu aos dois primeiros leilões promovidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 1999 e em 2000.

Ao todo, soma o direito de explorar petróleo em 54 blocos, 44 em terra e 10 em mar, em território brasileiro.

Nos dois dias da licitação (17 e 18 de Outubro), a Petrogal e as suas parceiras arremataram os blocos com investimentos de cerca de 36 milhões de reais (13,4 milhões de reais).

Na Bacia de Potiguar, no Estado do Rio Grande do Norte, a empresa ficou com 16 novos blocos terrestres, comprou quatro terrestres na fronteira de Sergipe-Alagoas e quatro terrestres do estado de Espírito Santo. Relativo aos blocos marítimos, cinco deles situam-se em águas profundas também na Bacia Potiguar e um em águas profundas no Espírito Santo.

Dos 30 blocos arrematados este ano, a Petrogal vai ser a operadora em 17 deles, todos em terra.

Galp compra mais 10 na última parte do leilão

Na parte da tarde, depois de uma paragem para almoço, a Galp retomou a actividade no leilão. Começou por perder duas áreas terrestres em Espírito Santo mas garantiu outras 10 a que se candidatou.

No sector SES-T2, terrestre em Espírito Santo, numa parceria igualitária a Petrobrás e a Petrogal ficaram com mais quatro blocos: ES-T-107, ES-T-108, ES-T-125 e ES-T-227, onde não tiveram concorrência. A Petrogal ficou como operadora neste último bloco.

E no sector SPOT-T4, na Bacia Potiguar, também em terra, no Estado do Rio Grande do Norte, o consórcio luso-brasileiro comprou mais seis blocos, ficando a portuguesa operadora em quatro deles.

Ao todo gastaram, neste sector 4,375 milhões de reais (1,62 milhões de euros) na parte da tarde.

ANP arrecada 1,085 mil milhões em dois dias

A Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) arrecadou 1,085 mil milhões de reais (404 milhões de euros) nos dias da sétima rodada de licitações. Este valor, acima de todas as expectativas, corresponde ao dobro do que foi obtido na rodada anterior, realizada em 2004, quando a receita foi de 665 milhões de reais (248 milhões de euros).

Foram concedidos 251 blocos, que vão gerar um investimento de 1,5 mil milhões de reais (559 milhões de euros) nos próximos seis anos, segundo a ANP.

*Correspondente em São Paulo

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