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Fundo de João Talone pretende vender eólica Iberwind

O Fundo Magnum Capital tenciona vender a empresa de energia eólica Iberwind, numa operação que pode render ao fundo de João Talone o dobro do valor pelo qual comprou a empresa.

Sara Matos
Negócios 19 de Maio de 2014 às 15:25
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O Fundo Magnum Capital, liderado pelo português João Talone, pretende vender a Iberwind, empresa de energias renováveis que detém, podendo arrecadar entre 1.500 e 2.000 milhões de euros, avança a imprensa espanhola.

 

Fontes financeiras confirmaram ao jornal espanhol "El Confidencial", que a maior empresa de capital de risco ibérica atribuiu ao JP Morgan a tarefa de atrair potenciais interessados em comprar a Iberwind.

 

A empresa de energia eólica conta com 700 megawatts de potência instalada e gera EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) que ronda os 150 milhões de euros. O "private equity" de João Talone, ex-presidente da EDP, pode obter entre 1.500 e 2.000 milhões de euros, uma vez que os compradores estão a pagar um mínimo de dez vezes o EBTDA por estes activos.

 

A tarefa do JPMorgan é analizar as ofertas de fundos de pensões, de infra-estruturas e de companhias de seguros, que procuram activos de longo prazo que lhes proporcionem benefícios maiores que aqueles que são oferecidos pela dívida pública europeia. "Há um ano o único fornecimento era de 'fundos oportunistas' que queriam comprar pacotes de financiamento de bancos que estavam encurralados. Agora os compradores são instituições conscientes, que vêm para ficar. Nada de hedge funds", explica um bancário.

 

O Magnum comprou em 2008 a totalidade da Iberwind por 1.100 milhões de euros à Babcock Willcox. 30% da empresa passou a pertencer ao Banco Espírito Santo e outras instituições portuguesas e os restantes 70% a Espanha. A empresa eólica pode render agora o dobro do investimento.

 

No passado dia 8 de Maio, a Magnum anunciou que se tornou accionista maioritário do grupo educativo NACE que se dedica à gestão de colégios privados.

 

A imprensa espanhola está a ver a intenção de venda da Iberwind de forma positiva e justifica a operação com o fim do programa de ajustamento em Portugal. "A saída da Troika de Portugal começa a trazer bons ventos para as empresas espanholas que estão no país vizinho. À venda da filial lusa do BBVA junta-se agora a intenção da Magnum capital desfazer-se da Iberwind", escreve o "El Confidencial".

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