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Fones que purificam o ar podem ser a próxima inovação

O instituto de patentes do Reino Unido publicou os planos da Dyson para desenvolver um purificador de ar que pode ser usado como uns fones, numa altura em que as máscaras se tornaram acessórios indispensáveis para combater a propagação do coronavírus na Ásia.

12 de Fevereiro de 2020 às 12:34
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O produto, desenvolvido pelos engenheiros da Dyson, contém um filtro dentro dos fones de ouvido em forma de bocal que fornece ar filtrado ao utilizador. A patente observa que "a poluição do ar é um problema crescente e uma variedade de poluentes do ar tem efeitos conhecidos ou suspeitos sobre a saúde humana".

Os planos da Dyson para um "purificador de ar ‘usável’" já tinham sido divulgados pela Bloomberg em 2018. "Estamos constantemente a criar soluções disruptivas para os problemas, o que significa que registamos muitas patentes", explicou um porta-voz da Dyson por email. "Se e quando tivermos um novo produto pronto, iremos divulgá-lo com satisfação, mas até lá não vamos comentar as nossas patentes".

Segundo o registo de patentes da Dyson, os dois fones de ouvido têm um motor ligado a uma hélice semelhante a um ventilador com cerca de 35/40 mm. Cada rotação a cerca de 12.000 rpm atrai cerca de 1,4 litros de ar por segundo para os fones através de um filtro que as partículas - normalmente poeira e bactérias - não conseguem penetrar. O ar filtrado percorre cada lado do bocal, convergindo para o meio, onde uma saída de ar perfurada emite cerca de 2,4 litros por segundo de oxigénio limpo em direção à boca do utilizador. No entanto, não há referência a uma bateria ou qualquer ilustração onde esta possa ser encaixada.

Mais conhecida pelos seus aspiradores e secadores, a Dyson tem expandido a sua linha de purificadores de ar. Qualquer oferta para crescer no mercado dos fones seria um salto para a Dyson, que concorreria com os AirPods and Beats da Apple e com aparelhos sofisticados como Bose e Sennheiser.

No entanto, a possibilidade de vender um purificador usável aos habitantes das cidades chinesas cheias de poluição atmosférica pode ser um fator importante para o projeto.

O presidente chinês Xi Jinping já declarou a poluição como um dos três problemas mais prementes do governo, e os purificadores de ar são um negócio em forte crescimento na Ásia.

Contudo, os novos fones da Dyson podem nunca chegar ao mercado. A empresa regista um grande número de patentes para produtos que não chegam a ser produzidos. Em 2009, registou uma patente para um processador de alimentos hidráulico que ainda não surgiu como produto final, e até agora este ano foram publicadas patentes para uma escova de dentes elétrica e peças de janelas de automóveis.

No ano passado, a Dyson abandonou o seu plano de 2 mil milhões de libras para fabricar carros elétricos. A empresa transformou um antigo aeródromo num local de teste de veículos e desenvolveu planos para construir uma fábrica de automóveis em Singapura.

A Ásia tem sido fundamental para o rápido crescimento da Dyson: as receitas aumentaram 28% para 4,4 mil milhões de libras em 2018, com as vendas na Ásia a explicarem grande parte deste aumento. Xangai foi a cidade onde a empresa vendeu mais purificadores em 2017.

(Artigo original: Dyson Reveals Patents for Headphones That Purify Air Around You)

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