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Fisco espanhol investiga transferências suspeitas de Piqué
A Autoridade Tributária de Espanha encontrou transferências com destinatários ocultos, uma delas realizada no mesmo dia em que a Kosmos Football, detida pelo ex-futebolista, recebeu um pagamento de quase dois milhões de euros.
A autoridade tributária espanhola (em castelhano agencia tributaria) detetou movimentos suspeitos nas contas do ex-futebolista Gerard Piqué, depois de uma das empresas do antigo atleta– a Kosmos Football – ter assinado um contrato relativo ao Mundial de futebol do ano passado.
Segundo consta dos documentos da Unidade de Apoio contra a Corrupção e Criminalidade Organizada, citada pelo jornal espanhol El Economista, a saudita Sela Sport Company Limited, responsável por organizar a competição, transferiu quase dois milhões de euros a 12 de outubro, para depois realizar outra transferência ,com o mesmo montante, apenas dois dias depois.
O que chamou a atenção das autoridades é que, também no dia 14 de outubro, Piqué realizou uma transferência de 669.649 euros, sem um destinatário conhecido. A natureza da transferência foi nomeada como "impostos", porém o fisco espanhol já se deu conta que não entrou qualquer pagamento por parte de Piqué na Autoridade Tributária com este valor.
Assim, as finanças pediram ao Caixabank os comprovativos de todas estas operações, bem como de outra transferência, datada de 17 de setembro, como o nome "pagamentos à Autoridade Tributária".
O denunciante, Miguel Galán, presidente de Cenafe (Escola Nacional de Treinadores de Espanha), defende, citado pelo jornal espanhol, que estas transferências podem ter sido realizadas a "testas de ferro" do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales. Porém, até ao momento, não há provas que possam evidenciar esta tese.