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Firmas de auditoria controlam festas de Natal para travar escândalos

A KPMG e a PricewaterhouseCoopers estão a incentivar as equipas a realizarem confraternizações durante o dia, em vez de festas com bebidas alcoólicas.

Bloomberg
01 de Dezembro de 2019 às 16:00
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O presente que todas as firmas de auditoria querem no Natal é uma festa de fim de ano segura e sem escândalos.


O diretor de operações da BDO, Andy Butterworth, pediu aos chefes de departamento que escolhessem duas pessoas da equipa para vigiar os convidados e garantir que todos os locais tivessem atendimento de primeiros socorros em caso de emergências médicas, segundo informações do Financial Times.

"Eu sei que estas medidas de precaução podem parecer um pouco excessivas para alguns, mas acho que são sensatas para o bem-estar de nossa equipa", disse Butterworth em memorando.

Outras grandes empresas de contabilidade do Reino Unido também adotam medidas para reduzir o consumo excessivo de álcool e, às vezes, o comportamento agressivo que caracterizou algumas festas da empresa durante as habituais festas de fim de ano.

Tanto a KPMG quanto a PricewaterhouseCoopers estão a incentivar as equipas a realizarem confraternizações durante o dia, em vez de festas com bebidas alcoólicas, enquanto a Deloitte reforçou a sua expectativa em relação ao comportamento dos funcionários.

"Esperamos que nossa equipa atue de forma profissional no ambiente de trabalho ou em qualquer outro local quando estiver a representar a empresa", disse um porta-voz da Deloitte. "As nossas políticas internas e código de ética estabelecem claramente os padrões de comportamento esperados."

Um porta-voz da PwC disse que a empresa oferece sempre orientação para a equipa antes da temporada de Natal, inclusive chamando a atenção dos funcionários para o código de conduta corporativo. A KPMG e a Ernst & Young não responderam imediatamente aos pedidos de comentário por e-mail.

O comportamento inadequado em reuniões de trabalho regadas a bebida está cada vez mais na mira de empresas na City de Londres. A instituição Presidents Club disse em janeiro que iria fechar as portas depois de uma reportagem do Financial Times ter revelado que as rececionistas do jantar de caridade - exclusivo para homens - eram tocadas e alvo de comentários inconvenientes e insistentes pedidos para ir aos quartos dos convidados. A imagem do Lloyd’s of London foi abalada por alegações de conduta sexual inadequada devido a uma cultura de funcionários embriagados.

Em outubro, um órgão regulador do Reino Unido descobriu que um sócio do escritório de advocacia Freshfields Bruckhaus Deringer envolveu-se sexualmente com uma colega de 20 anos, que estava intoxicada. O advogado renunciou depois do Tribunal Disciplinar de Solicitadores ter ordenado o pagamento de uma multa de 300 mil dólares após um julgamento de nove dias. Logo depois, o Freshfields introduziu um comité de conduta segundo o qual a remuneração de um sócio poderia ser reduzida em 20% caso uma investigação interna concluísse que seu comportamento justificaria uma "advertência".

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