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Fabricante automóvel chinesa SAIC vai cortar milhares de empregos nas parcerias com GM e VW

A estatal chinesa SAIC é o maior fabricante automóvel da China há quase duas décadas, mas viu as vendas sofrerem uma queda de 16% nos primeiros dois meses do ano. No final de 2023, empregava 207 mil trabalhadores.

Dado Ruvic/Reuters
01 de Abril de 2024 às 09:15
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A fabricante chinesa de automóveis SAIC Motor planeia despedir milhares de trabalhadores nas "joint-ventures" com a General Motors (GM) e a com a Volkskwagen (VW), assim como numa unidade de eléctricos, avança, esta segunda-feira, a Reuters.

Segundo a agência de notícias, que cita duas fontes próximas, em concreto, a construtora chinesa espera cortar, este ano, 30% dos funcionários na SAIC-GM, 10% na SAIC Volkswagen e mais de metade da mão-de-obra numa unidade da sua subsidiária de elétricos (Rising Auto EV).

Despedimentos em massa são raros em empresas detidas pelo Estado na China, ocorrendo num contexto económico mais débil pautado por uma guerra acirrada de preços no setor automóvel, sendo reflexo da explosão dos veículos elétricos na China, um setor em que a SAIC e os seus parceiros estrangeiros perderam rapidamente quota de mercado para a Tesla e para construtores chineses detidos por privados, com a BYD à cabeça.

A redução de pessoal não vai acontecer de repente, embora esteja prevista para este ano, indicaram as mesmas fontes, citadas pela Reuters, de acordo com as quais grande parte dos cortes vai ser feito através da aplicação de padrões de desempenho mais rígidos que depois irão abrir caminho ao pagamento a funcionários com classificação mais baixa que optarem por se demitirem.

Um porta-voz da SAIC afirmou que a "especulação" da Reuters sobre cortes "não é verdadeira" e que a empresa não vai definir metas para dispensar trabalhadores, enfatizando, aliás, que desde o início de 2024 contratou 2.000 funcionários.

Um porta-voz da GM na China afirmou, por seu lado, ser "impreciso" referir que a SAIC-GM "vai reduzir a sua mão-de-obra em 30%", mas declinou facultar mais detalhes, enquanto um responsável da VW na China indicou náo haver planos para "layoffs" e que era "incorreto" dizer que a SAIC-VW prevê cortar 10% dos postos de trabalho.

A SAIC é o maior fabricante automóvel da China há quase duas décadas, mas viu as vendas sofrerem uma queda de 16% nos primeiros dois meses do ano. No final de 2023, empregava 207 mil trabalhadores.
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