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Fábrica da Opel na Azambuja dedica-se ao Combo
Até ao final do ano, a fábrica da Opel na Azambuja vai deixar de produzir as versões comerciais e de passageiros do Corsa, para se dedicar totalmente à produção do Opel Combo, explicou ao Negocios.pt, Martin Apfel.
Para receber a produção deste modelo, esta unidade fabril foi alvo de um investimento total de 129,6 milhões de euros (26 milhões de contos) nas áreas de chaparia, pintura, montagem final e parque de fornecedores, sendo a única fábrica da General Motors Europe robotizada em determinadas áreas.
Portugal será o primeiro de um total de 52 países a comercializar este furgão comercial e de passageiros que concorre com o Renault Kangoo, o Citroen Berlingo e o Fiat Dobló.
A produção arrancou no dia 27 de Agosto, e «o mercado nacional deverá absorver 5% da capacidade de produção instalada de 70 mil unidades por ano», acrescentou a mesma fonte.
Estes valores estão dependentes da evolução das vendas de veículos comerciais ligeiros, que sofreram uma quebra de 20% entre Janeiro e Agosto.
Em relação ao seu antecessor, o Combo tem 700 peças novas, num total de 2.600 peças produzidas pelos 578 fornecedores, 22 dos quais são portugueses.
Fornecedores começam a instalar-se na AzambujaAs antigas instalações fabris da Ford na Azambuja, contíguas à fábrica da Ford, que a Opel adquiriu em 1999, foram transformadas.
O objectivo passa por receber um parque de fornecedores capazes de construir e fornecer localmente componentes e módulos completos de peças. A Delphi e a Logística Navarra foram as duas primeiras empresas a dar o exemplo, criando 500 postos de trabalho.
A primeira produz pára-choques e a segunda é responsável pela pré montagem e montagem dos módulos e peças da linha de montagem. Apfel, não adiantou quais seriam as próximas empresas a instalarem-se referindo no entanto que a empresa que fornece o maior número de peças é a Faurecia, especialista em assentos.
Refira-se que os painéis laterais e o capôt dos modelos actualmente produzidos na Azambuja são importados de Espanha, os motores da Alemanha, Aústria e Holanda e a caixa de velocidades, que é a peça mais cara do veículo, da Aústria.