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Fábrica de bicicletas Órbita declarada insolvente pelo Tribunal de Comércio de Aveiro

Em junho do ano passado, a empresa de Águeda requereu a abertura do PER, mas o prazo das negociações com os credores foi ultrapassado sem que tivesse sido apresentado o plano, tendo a devedora sido declarada insolvente no dia 11 de fevereiro.

18 de Fevereiro de 2020 às 14:46
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A empresa de bicicletas Órbita, em Águeda, foi declarada insolvente pelo Tribunal de Comércio de Aveiro, depois de o Processo Especial de Revitalização (PER) ter sido encerrado sem qualquer solução, informou hoje fonte judicial.

Em junho do ano passado, a empresa de Águeda requereu a abertura do PER, mas o prazo das negociações com os credores foi ultrapassado sem que tivesse sido apresentado o plano, tendo a devedora sido declarada insolvente no dia 11 de fevereiro.

Os credores têm, a partir da data de declaração da insolvência, 30 dias para reclamar os créditos que devem ser endereçados ao administrador nomeado, a quem cabe apresentar um plano de insolvência.

O tribunal designou ainda o dia 01 de abril para a realização da reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório do administrador da insolvência.

A declaração de insolvência surge cerca de dois meses depois de a Miralago - a empresa mãe da Órbita -- ter entrado na fase de liquidação.

As dificuldades financeiras da Órbita começaram a surgir em abril do ano passado, quando a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) rescindiu o contrato com a empresa de Águeda para o fornecimento de bicicletas de uso livre, por incapacidade para prestar o serviço contratualizado.

Na altura em que recorreu ao PER, a Órbita tinha 99 credores que reclamavam 14,2 milhões de euros de dívidas.

A EMEL surgia como o principal credor da empresa, reclamando cerca de 6,8 milhões de euros, entre juros e capital.

A empresa de bicicletas devia ainda quase 5,9 milhões de euros à banca, surgindo à cabeça o Santander e o BNI Europa, com três e dois milhões de euros de dívidas, respetivamente.

Entre os credores encontravam-se ainda a Autoridade Tributária, com quase 50 mil euros, a Segurança Social, com 11 mil euros, e a Miralago, dona da Órbita, com uma dívida de 170 mil euros.
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