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Ex-CEO da TAP não teve redução de 30% no salário porque já tinha "corte permanente"

Christine-Ourmières-Widener, ao contrário dos outros membros da sua administração, recebeu sempre o salário na íntegra.

A CEO da TAP Christine Ourmières Widener na Comissão de Economia em janeiro de 2023.
Christine-Ourmières-Widener tinha uma remuneração base anual de 504 mil euros. José Sena Goulão/Lusa
Negócios jng@negocios.pt 05 de Junho de 2023 às 09:45
Uma vez que foi ganhar para a TAP menos do que Antonoaldo Neves, o anterior CEO, Christine-Ourmières-Widener não viu o salário cortado enquanto esteve aos comandos da empresa, revela o Observador, que se baseia no último relatório e contas e numa ata da reunião da comissão de vencimentos da empresa, a que teve acesso.

A redução de 30% na remuneração fixa dos administradores da TAP — que está em vigor enquanto durar o plano de reestruturação — não foi aplicada à ex-CEO da companhia aérea, porque a comissão de vencimentos, então liderada por Tiago Aires Mateus, validou, em agosto de 2021, o valor que tinha sido negociado com o Estado — uma remuneração base anual de 504 mil euros.

"A comissão entende ser de validar esta remuneração, considerando que corresponde a um corte permanente (e durante a vigência do contrato) e não relacionado com o período de execução do plano de reestruturação", lê-se na ata da reunião da comissão de vencimentos, citada pelo Observador. Segundo esta interpretação, o corte do salário foi estabelecido ainda antes de a gestora francesa ter sido nomeada pelo Estado.

Não fica clara a dimensão desse corte permanente, mas o jornal recorda as notícias que davam conta de que Christine Ourmières-Widener iria ganhar menos do que o anterior CEO.
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