Notícia
Europac já nomeou administradores da Gescartão
Está consumada a saída da Sonae da Gescartão. Foi hoje anunciada a cooptação de dois novos vogais do conselho de administração, para os lugares deixados vagos por Guilherme Costa e Paulo Sobral, que renunciaram aos seus cargos.
Está consumada a saída da Sonae da Gescartão. Foi hoje anunciada a cooptação de dois novos vogais do conselho de administração, para os lugares deixados vagos por Guilherme Costa e Paulo Sobral, que renunciaram aos seus cargos.
Na presidência do conselho de administração continua Fernando Padrón Estarriol, que tem sido o principal responsável da Europac em Portugal.
Para os lugares dos dois homens da Sonae foram cooptados o advogado Miguel Teixeira de Abreu e Manuel Maria Andrade Neves. Permanecem em funções Enrique Isidro Ricon e Juan Jordano Perez.
O CA foi eleito em Março de 2003 e tem mais um ano de mandato. Outras renúncias decorrentes da mudança accionista foram a da mesa da assembleia geral, da comissão de vencimentos e do representante para o mercado de capitais. Paulo Sobral foi substituído nesta última função por Susana Alves Pereira.
Quer os administradores cooptados, quer as vagas nos restantes órgãos sociais serão objecto de votação na próxima assembleia geral da Gescartão [gct], marcada para 4 de Maio, cuja ordem de trabalhos já incluía expressamente os referidos pontos.
As mudanças prosseguem nas participadas, nomeadamente na Portucel Viana, de cuja administração saem também Guilherme Costa (que era até agora o presidente) e Paulo Sobral, devendo permanecer Isolete Matos (um quadro histórico da empresa de Viana do Castelo) e Fernando Padrón passar para a presidência.
A venda da posição da Sonae [son] na Gescartão (detida através da Imocapital) foi anunciada a 11 de Fevereiro, mas o negócio ficou pendente da aprovação pela Autoridade da Concorrência, que só chegou na semana passada.
As mudanças nos órgãos sociais significam que o negócio foi consumado e que a Sonae encaixou agora os 97,9 milhões de euros que cobrou pela sua posição de 36% da Gescartão.
A separação de águas só não se concretiza na Investalentejo, sociedade que tem em carteira investimentos no Alentejo de 40 milhões de euros, que fazem parte das contrapartidas da privatização, a realizar até 2006. A Sonae fica com 49% da Investalentejo e a Gescartão com 51%.
Ainda no âmbito das contrapartidas da privatização, a Gescartão está obrigada a investir 125 milhões de euros (entretanto ampliado para 143 milhões) na nova máquina da Portucel Viana, processo que se encontra desde 2003 à espera da licença ambiental definitiva, um atraso que já levou o presidente da Europac, José Miguel Isidro, a desabafar que, neste momento, o atraso joga a favor dos interesses do grupo e que «o ideal seria nunca».
As acções da Sonae fecharam a subir 2,52% para os 1,22 euros.