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Sonae vale mais 0,6 a 1,2% com venda da Gescartão

A venda da posição detida pela Sonae na Imocapital, empresa que detém 65% da Gescartão, tem um impacto de 0,6% no valor patrimonial da Sonae, segundo o BPI. O Millennium bcp calcula um impacto na «holding» de 1,2%.

14 de Fevereiro de 2005 às 11:10
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A venda da posição detida pela Sonae na Imocapital, empresa que detém 65% da Gescartão, tem um impacto de 0,6% no valor patrimonial da Sonae, segundo o BPI. O Millennium bcp calcula um impacto na «holding» de 1,2%.

(acrescenta comentário do Millennium bcp; actualiza cotações)

As acções da Sonae SGPS [SON] negociavam com um ganho de 0,86% para os 1,17 euros, com 703 mil papéis transaccionados.

Na sexta-feira, já após o fecho dos mercados, a Sonae anunciou ter chegado a acordo com a Europac para alienar a sua posição no capital da Gescartão [GCT] à companhia espanhola, a 13,57 euros por cada acção.

Para os analistas do BPI, o impacto da venda da Gescartão «é positivo», apesar do mercado «já estar à espera da saída da Sonae da Gescartão, em vez dos espanhóis da Europac».

Com este negócio, que tem implícito um prémio de 26%, a companhia de Belmiro de Azevedo vai fazer um encaixe de 97,9 milhões de euros.

O impacto em termos do resultado líquido consolidado, de acordo com o POC, atribuível à Sonae é de cerca de 34 milhões de euros.

«A nossa avaliação da posição da Sonae na Gescartão é de 70mn, pelo que temos um impacto positivo de 28 milhões de euros, isto é, 1,2% da nossa avaliação», dizem os analistas do Millennium bcp investimento.

A analista do BPI, Maria de Lurdes Pinho, comenta que «em termos de avaliação, o impacto rondará os 0,6% do NAV [Net Asset Value ou valor patrimonial] da Sonae».

A empresa espanhola, com a aquisição dos 36,08% até agora detidos pela Sonae, passará a controlar 74,78% da empresa de embalagens de cartão e papel «kraft».

A Gescartão começou a sessão de hoje com uma valorização máxima de 10,76%, e seguia com um ganho de 5,578% para os 11,38 euros, quase o dobro do preço de colocação em bolsa, em Junho de 2003, de 6,50 euros.

Este negócio era já aguardado pelo mercado, sobretudo depois de a CMVM ter entendido, em Dezembro de 2004, que uma eventual compra da Europac da posição que a Sonae na Gescartão não obrigaria ao lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).

No entanto, na altura do parecer da entidade reguladora, os analistas continuavam a antecipar um cenário de retirada de bolsa da Gescartão, através de uma oferta potestativa.

A empresa espanhola diz que a aquisição vai ser financiada por um empréstimo, mas lembra que tem previsto para este ano um aumento de capital, que «permitirá manter uma estrutura financeira sólida».

Na bolsa espanhola, os títulos da Europac subiam 5,8% para os 4,38 euros.

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