A Euronext revelou hoje que obteve lucros de 98,4 milhões de euros no primeiro semestre do ano, valor que corresponde a um crescimento de 23% face ao período homólogo. A empresa responsável pelas bolsas de Lisboa, Paris, Amesterdão e Bruxelas justifica o resultado com o controlo de custos e o forte crescimento das receitas no segundo trimestre.

As receitas da Euronext nos primeiros seis meses de 2005 ascenderam aos 461,2 milhões de euros, ficando ligeiramente abaixo das obtidas em igual período de 2004, altura em que totalizaram 462,6 milhões de euros. No entanto, o facto de, desde Janeiro, com a introdução das novas regras de contabilidade (IFRS), ter terminado a amortização de activos intangíveis, permitiu à empresa um lucro de 98,4 milhões de euros contra os 79,9 milhões do ano anterior.

Os ganhos por acção (EPS) foram de 0,87 euros, registando um crescimento de 31,8%,  «devido ao efeito dos ‘share buybacks’ efectuados em 2004» diz o comunicado divulgado pela empresa.

Os custos aumentaram em 2,9% face à primeira metade de 2004, alcançando os 321,1 milhões de euros, crescimento que a Euronext justifica com «os custos de consultoria ligados à oferta de compra da London Stock Exchange».

No que toca ao EBITA o valor foi de 140,1 milhões de euros, baixando 7,1% dos 150,6 milhões de euros de 2004, e a margem EBITA situou-se nos 30,4%.

Com base nestes resultados e nas perspectivas para a evolução das operações no resto de 2005, a Euronext subiu em 10% a sua previsão de EBITA para o final do ano face à estimativa anterior de 250 milhões de euros.