A Autoridade da Concorrência está em condições de avançar com uma decisão rápida sobre a fusão BCP/BPI, caso as entidades financeiras cheguem a um acordo, apontou Abel Mateus em entrevista à agência Bloomberg.

"Não há duvidas de que já analisámos o sector [aquando da OPA do BCP sobre o BPI] e que estamos preparados para tomar uma decisão rápida", apontou numa entrevista dada ontem àquela agência noticiosa.

Aquando da aprovação da OPA lançada pelo BCP, uma das condicionantes impostas à operação foi "obrigar" os dois bancos a vender 60 balcões do BPI depois do negócio concluído. Abel Mateus não adiantou quaisquer pormenores sobre se as condições impostas à fusão, que está a ser negociada entre os dois bancos, seriam semelhantes à da OPA.

Caso a fusão avance, a nova instituição – "Millennium BPI" – será o terceiro maior banco comercial da península ibérica, com 125 mil milhões de euros em activos, 1.500 balcões e 18.000 trabalhadores.

Apesar da rapidez com que a Concorrência poderá analisar o negócio, Abel Mateus não exclui à partida uma investigação aprofundada à fusão, já que, conforme apontou, "uma investigação aprofundada não depende apenas das autoridades da concorrência. Também depende da negociação dos ‘remédios’".