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Estaleiros navais da Martifer em Aveiro na lista europeia de reciclagem de navios
O Navalria, do grupo Martifer, é o único estaleiro naval português que integra a primeira versão da lista europeia de estaleiros para desmantelamento e reciclagem de navios adoptada pela Comissão Europeia.
A portuguesa Navalria, de Aveiro, e o espanhol Embarcações DDR XXI, de Gijón, são os únicos representantes ibéricos na primeira versão da lista europeia de estaleiros de reciclagem de navios, adoptada pela Comissão Europeia, que tem como objectivo "ajudar a garantir que os navios são reciclados em instalações seguras para os trabalhadores e para o ambiente".
Todos os navios que naveguem com um pavilhão da União Europeia, ao abrigo do regulamento relativo à reciclagem de navios, "devem fazer uso de um estaleiro aprovado para a reciclagem de navios", ou seja, dos que constam na lista aprovada por Bruxelas, a partir do segundo semestre do próximo ano.
De acordo com a Comissão Europeia, "em Portugal, o estaleiro Navalria - Docas, Construções e Reparações Navais, situado no porto comercial de Aveiro, apresenta estas condições, pelo que consta da lista", onde está autorizada a permanecer até 26 de Janeiro de 2020, após o que a sua inclusão será sujeita a uma reavaliação.
A Navalria, do grupo Martifer (que detém também a subconcessão dos estaleiros navais de Viana do Castelo), "possui uma doca seca para desmontagem, descontaminação e desmantelamento com capacidade, num plano horizontal, de 700 toneladas e, num plano inclinado, com capacidade 900 toneladas".
Da lista agora divulgada pela Comissão Europeia constam 18 estaleiros navais, de dez Estados-membros da UE. Além da portuguesa Navalria e do espanhol DDR XXI, figuram três estaleiros de França, três da Lituânia, três britânicos, dois da Holanda, dois da Dinamarca, um da Bélgica, um da Letónia e um da Polónia.
Bruxelas também tem recebido pedidos de estaleiros navais de países terceiros, mas a decisão sobre a sua inclusão na lista, que dá acesso exclusivo ao desmantelamento e reciclagem de navios com bandeira dos países comunitários, só será conhecida no próximo ano.