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Estado não privilegia accionistas para solução na Portucel

O Governo não vai patrocinar nenhuma solução, no processo de privatização da Portucel, que privilegie um accionista em detrimento de outro, disse hoje o ministro da Economia Carlos Tavares, depois de ter sido noticiado que as negociações entre a Sonae e o

22 de Outubro de 2003 às 13:25
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O Governo não vai patrocinar nenhuma solução, no processo de privatização da Portucel, que privilegie um accionista em detrimento de outro, disse hoje o ministro da Economia Carlos Tavares, depois de ter sido noticiado que as negociações entre a Sonae e o Governo estão à beira da ruptura.

«Não patrocinaremos nenhuma solução que privilegie um accionista em detrimento do outro. Ninguém nos dá lições sobre o respeito pelos accionistas e por uma empresa que está cotada em Bolsa, por isso suspendemos a assembleia geral para dar mais esclarecimentos e porque foi pedido pelos accionistas», disse Carlos Tavares, à margem da visita do ministro às instalações da Unicer, onde acompanhou a inauguração de três novos projectos no âmbito de inovação e desenvolvimento.

Segundo o «Diário Económico», as negociações entre o Governo e a Sonae estão à beira da ruptura, inviabilizando desta forma um acordo para que Belmiro de Azevedo aprove o aumento de capital que permitirá a entrada do consórcio Cofina/Lecta na Portucel.

«Já me cansa ver todos os dias na comunicação social cenários que são convertidos em factos e depois são comentados como se fossem realidade. A única realidade que existe neste momento é que o Governo lançou este processo de privatização (Portucel [PTCL]) totalmente transparente que foi bem recebido por todos os analistas e pelo mercado», acrescentou o ministro.

Carlos Tavares voltou a defender o modelo escolhido para a privatização da Portucel, onde o júri do concurso escolheu o consórcio Cofina/Lecta como o novo parceiro da empresa. Esta decisão terá de ser ratificada em AG.

«Nós temos a validação dos analistas que é mais importante para este efeito. Levamos o concurso até ao fim numa solução de maioria portuguesa, que segundo a recomendação explicita do júri, cumpre todos os objectivos que o Governo estabeleceu no caderno de encargos da privatização», disse Tavares.

No próximo dia 31 de Outubro vai decorrer a AG – que foi suspensa a 14 de Outubro – podendo ser necessário o voto favorável da Sonae, para o aumento de capital ser aprovado.

«Vamos disponibilizar toda a informação à AG, vamos corrigir ou melhorar algum aspectos da informação e da configuração da proposta, para que disponham de todos os dados acerca do futuro», disse Carlos Tavares.

«E depois é o respeito pela AG. Nós assumimos as nossas responsabilidades, os accionistas assumirão as suas», acrescentou.

Para Carlos Tavares a proposta da Cofina/Lecta é benéfica para a Portucel. «Creio que em breve (a Portucel) tem a oportunidade de dar um salto qualitativo», disse o ministro, adiantando que «os accionistas dirão se o querem ou não».

As acções da Portucel seguiam a descer 0,74% para os 1,35 euros.

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