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Produção do setor da construção deverá crescer 3% a 5% este ano

A associação AICCOPN aponta para que a produção atinja este ano os 23.700 milhões de euros.

DR
14 de Janeiro de 2025 às 13:25
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A produção do setor da construção deverá registar um crescimento real de 3,0% a 5,0% este ano, para 23.700 milhões de euros, após ter aumentado 3,0% em 2024 e 3,4% em 2023, divulgou hoje a associação AICCOPN.

"Estima-se que, em 2025, o setor da construção desempenhe um papel decisivo na evolução da atividade económica nacional, com a produção total, em termos reais, a crescer 4% no ponto médio do intervalo de previsão e a atingir um valor estimado de 23.700 milhões de euros", avança a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).

Segundo a associação empresarial, no ano passado, o Valor Bruto da Produção (VBP) da construção terá registado um crescimento de 3%, "refletindo a resiliência do setor perante desafios significativos, como a escassez de mão de obra, a evolução do preço das matérias-primas, energia e materiais de construção, além dos elevados custos de financiamento".

"Entre os segmentos do setor da construção, destacou-se a engenharia civil, impulsionada pelo investimento público financiado por fundos europeus, como o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e o Portugal 2030", detalha, acrescentando que os segmentos habitacional e de edifícios não residenciais "também registaram evoluções positivas, embora de forma mais moderada".

No segmento da habitação, o VBP terá registado um crescimento de 1,5% em 2024, sustentado pelo aumento de 1,7% na conclusão de novos alojamentos, pelo crescimento de 0,7% no licenciamento de fogos novos e pela valorização de 12% no valor mediano da habitação para avaliação bancária.

Para 2025, e considerando, nomeadamente, a evolução do licenciamento em 2024, a AICCOPN prevê um crescimento da produção deste segmento entre 1,5% e 3,5%, avisando que "este ritmo será insuficiente para atender às necessidades nacionais", tendo por base o aumento de 8,5% no número de transações de alojamentos e de 13,6% no seu valor nos primeiros nove meses do ano passado.

Quanto ao segmento de edifícios não residenciais, a associação dá conta de um "crescimento mais modesto" em 2024, com o VBP a aumentar apenas 0,5%, "refletindo uma evolução contida no investimento privado".

Para 2025, é esperado "um desempenho semelhante" deste segmento, com o VBP a crescer entre 0% e 2%, "condicionado por incertezas económicas e pela lenta recuperação do investimento empresarial".

Já o segmento de engenharia civil "destacou-se como o mais dinâmico em 2024", ao registar um crescimento de 5,1% no VBP, alavancado por um aumento de 37% nos concursos de obras públicas e de 52% nos contratos de empreitadas celebrados até novembro.

Este ano, a AICCOPN antecipa que este segmento "mantenha um papel preponderante, com um crescimento projetado entre 5% e 7%, impulsionado pelo aumento do investimento público, suportado pelo financiamento do PRR e do Portugal 2030".

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