A Caixa Geral de Depósitos (CGD) já recebeu oito centenas de pedidos de crédito à habitação ao abrigo da garantia pública que totalizam cerca de 141 milhões de euros. O valor foi avançado em dois momentos: no parlamento pelo administrador José João Guilherme, que está de saída do banco, e posteriormente por fonte oficial da instituição.

"Na garantia pública, a Caixa recebeu 800 pedidos", afirmou o responsável perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

O valor corresponde a cerca de 141 milhões de crédito solicitado, o que implica, quando os processos estiverem aprovados e dado que a medida garante 15% do valor concedido, que a CGD tem até 20 milhões comprometidos da garantia pública, esclareceu depois fonte oficial da CGD.

Num primeiro momento o gestor afirmou que a instituição financeira do Estado tinha concedido 257 milhões de euros de empréstimos abrangidos pela medida, informação que o banco esclareceu posteriormente. Este valor é o limite que a Caixa pode conceder e não o valor efetivamente concedido até agora.

A medida de apoio aos jovens para a aquisição da primeira habitação foi anunciada em meados do ano passado. Em dezembro, foi conhecida a distribuição da dotação de mil milhões de euros que o Governo destinou à garantia (sendo que o Executivo pondera aumentar o limite para 1,2 mil milhões ou mais, se a procura o justificar). Os cinco maiores bancos reúnem a vasta maioria do total, que foi distribuído tendo em conta um limite correspondente à quota de cada um no crédito à habitação.

O Santander Totta tem a maior fatia: 259 milhões de euros. A Caixa Geral de Depósitos pode conceder 257 milhões. O pódio fica completo com o BCP, que tem um limite de 185 milhões. O BPI tem 150 milhões. O Novo Banco é exceção nesta lógica: solicitou 20 milhões de euros, valor três a seis vezes inferior ao que poderia pedir.

Notícia alterada às 13h33 para refletir o valor efetivamente concedido pela CGD ao abriga da garantia. O valor de 257 milhões de euros avançado inicialmente pelo banco – e que foi noticiado pelo Negócios – é o limite disponível e não o montante efetivamente concedido.