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Eni e Gazprom firmam acordo estratégico

A Eni, detentora de 33% do capital da Galp, e a russa Gazprom, maior fornecedora gasista da Europa, firmaram um acordo estratégico para desenvolver em conjunto explorações de gás e petróleo na Rússia e em África. A Gazprom passa a poder fornecer directame

15 de Novembro de 2006 às 10:55
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A Eni, detentora de 33% do capital da Galp, e a russa Gazprom, maior fornecedora gasista da Europa, firmaram um acordo estratégico para desenvolver em conjunto explorações de gás e petróleo na Rússia e em África. A Gazprom passa a poder fornecer directamente os consumidores italianos.  

A Gazprom, controlada pelo Estado russo, passa a poder vender até três mil milhões de metros cúbicos de gás natural aos clientes italianos até 2010, anunciou hoje a empresa.  

Em conferência com os jornalistas, Paolo Scaroni, presidente executivo da Eni, afirmou que as companhias irão acordar definitivamente no próximo ano em que projectos é que irão juntar esforços. Estes irão focar-se particularmente na aquisição e desenvolvimento de activos de gás na Rússia e em África, afirmou Scaroni, citado pela Bloomberg, sem contudo adiantar pormenores. O acordo, ainda por aprovar pelas autoridades de concorrência italianas, irá permitir que a Gazprom fique com uma participação minoritária na unidade de geração de electricidade da Eni, a Enipower.

As companhias irão igualmente tentar promover a construção conjunta de unidades de produção de gás liquefeito. O acordo conferirá à Eni uma posição "significativa" na produção russa de petróleo e gás, afirmou o presidente executivo da companhia italiana.  

Os contratos de abastecimento da Eni e da Gazprom de 25 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano são estendido até 2035, o que torna a italiana a maior cliente estrangeira da Gazprom até agora.

A russa é já fornecedora de um terço das necessidades de gás da Europa e quer aumentar a sua presença nos mercados europeus à medida que os mesmos abrem o sector à concorrência estrangeira. A russa detém já direitos de venda directa a consumidores na Áustria, Alemanha e Reino Unido.

Com a aliança que firmou com a argelina Sonatrach este Verão, a russa e a argelina ficaram com mais de metade do abastecimento do gás da Europa, o que levou a Comissão Europeia a afirmar que irá "observar atentamente" o desenrolar do acordo.

As acções da Eni seguiam a avançar 0,04%, para 24,85 euros, enquanto em Moscovo os títulos da Gazprom subiam 0,45%, para 11,06 rublos.

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