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ENI achou baixa a oferta da Galp e Petrobrás pela Gás Brasiliano
O processo de venda da Gás Brasiliano, empresa de distribuição de gás natural do Estado de São Paulo, foi adiado porque a vendedora ENI considerou as ofertas baixas. A mais elevada, a do consórcio luso-brasileiro Galp e Petrobrás, tem um valor de 50 milhõ
O processo de venda da Gás Brasiliano, empresa de distribuição de gás natural do Estado de São Paulo, foi adiado porque a vendedora ENI considerou as ofertas baixas. A mais elevada, a do consórcio luso-brasileiro Galp e Petrobrás, tem um valor de 50 milhões de dólares (41,8 milhões de euros).
Segundo o jornal «Valor Económico», citando fontes próximas do processo, o negócio pode ficar suspenso, caso os valores financeiros não satisfaçam a accionista italiana.
Os italianos esperavam ofertas entre 50 a 80 milhões de dólares (41,8 a 67 milhões de euros), mas a melhor oferta teria sido do consórcio luso-brasileiro no valor mínimo do intervalo.
Como ficaram desapontados com as ofertas, a ENI adiou em uma semana, a divulgação do vencedor do activo. E deverá chamar os interessados com propostas mais elevadas para uma nova ronda de negociações.
A ENI quer desfazer-se deste activo que comprou em 1999, que também foi disputado pela Galp, pelo qual pagou 274,9 milhões de reais (103 milhões de euros) porque se comprometeu a investimentos elevados para expansão na rede no valor de 280 milhões de reais (104 milhões de euros), em quatro anos.
O principal problema do activo é que abrange uma região muito extensa que implicará substantivos investimentos na cobertura de gasodutos para viabilizar a venda do gás natural.
Mas a venda deste activo para o consórcio luso-brasileiro teria outras implicações. É que a Galp convidou a parceira brasileira para integrar o seu capital social. A Petrobrás concorda estar em negociações para ingressar no capital da Galp mas também diz que não teve negociações com a italiana ENI para comprar a sua posição de 33,34%.
O accionista Estado precisa encontrar um comprador para a posição da ENI na Galp, até ao final deste mês, para impossibilitar a italiana de ficar com a maioria do capital na petrolífera nacional.
*Correspondente em São Paulo