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Egipto e África do Sul garantem crescimento da facturação da Cimpor

O volume de negócios do grupo Cimpor ascendeu a 337 milhões de euros no primeiro trimestre de 2005, o que representou um crescimento de 4,9% face ao período homólogo do exercício precedente. Os resultados líquidos desceram 8%, penalizados pela actividade

25 de Maio de 2005 às 18:20
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O volume de negócios do grupo Cimpor ascendeu a 337 milhões de euros no primeiro trimestre de 2005, o que representou um crescimento de 4,9% face ao período homólogo do exercício precedente. Os resultados líquidos desceram 8%, penalizados pela actividade em Portugal e Brasil.

Este comportamento positivo foi essencialmente conseguido devido ao bom desempenho da actividade da cimenteira no Egipto e na África do sul, uma vez que a evolução da Cimpor foi negativa em Portugal e no Brasil no período em apreço.

A actividade da Cimpor [cimp] no Egipto registou um crescimento de 54,8% no primeiro trimestre no que respeita a volume de negócios, incluindo vendas intragrupo. Na África do sul, a facturação da cimenteira registou um crescimento de 25,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2004.

Os resultados líquidos da Cimpor no primeiro trimestre, em base IFRS, cifraram-se em 60,9 milhões de euros, registando um decréscimo de cerca de 8% relativamente aos lucros conseguidos no período homólogo de 2004 (66,2 milhões de euros), em base contabilística comparável.

Portugal e Brasil penalizam lucros

Os responsáveis da cimenteira controlada pela Teixeira Duarte explicam, no comunicado divulgado ao mercado, que o comportamento negativo nos mercados português e brasileiro foram "consequência da forte descida dos preços de venda do cimento no mercado brasileiro, do aumento dos custos energéticos e da persistência do clima de recessão que continua a caracterizar o mercado português".

A Cimpor destaca que, mesmo assim, este decréscimo dos lucros é, em valor absoluto, inferior ao aumento sofrido pelo total das amortizações e provisões da empresa.

As vendas consolidas de cimento e clínquer totalizaram, neste primeiro trimestre de 2005, cerca de 4,5 milhões de toneladas, mais 3,65 que no período homólogo do ano anterior, com "variações assinaláveis nas áreas de negócios de Marrocos (mais 7,2%) e, sobretudo, do Egipto (mais 45,9%).

Pelo contrário, Portugal, Tunísia, África do Sul e Moçambique registaram algum decréscimo os respectivos volumes de vendas.

"O já referido incremento dos custos energéticos (em especial dos combustíveis) ditou, pese embora o aumento do volume de negócios, uma ligeira redução (em 1,6%) do "cash flow" operacional do grupo", destaca o comunicado da Cimpor.

Tendo-se cifrado em cerca de 110 milhões de euros, a este "cash flow" correspondeu uma margem EBITDA ("cash flow" operacional) de 32,7%, inferior em 2,1 pontos percentuais à obtida no primeiro trimestre do ano passado.

"A diminuição dos custos dos serviços centrais em quase 2,2 milhões de euros, a melhoria do EBITDA gerado pelas actividades de "trading" e "shipping" em mais 1,1 milhões de euros e o bom comportamento das áreas de negócios de Espanha, Egipto e África do Sul, com aumentos de 5,1%, 38,7% e 12,6%", respectivamente, no montante de dos seus "cash flows" de exploração, merecem particular destaque", explicam os responsáveis da cimenteira.

O activo líquido consolidado da Cimpor, segundo as novas bases contabilísticas IFRS, ascendia a cerca de 3,6 mil milhões de euros no final do primeiro trimestre deste ano, traduzindo uma subida de 5,3% relativamente ao final de 2004.

"Por outro lado, enquanto os capitais próprios registavam um incremento 7%, ultrapassando os 1,3 mil milhões de euros, o aumento da dívida financeira líquida não foi além de 0,6%, continuando a situar-se em cerca de 1.230 milhões de euros", conclui o referido comunicado da Cimpor.

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