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EDP diz OPA sobre Iven para aproveitar «óptimas condições de mercado»

A OPA lançada hoje pela EDP sobre a brasileira Iven, que controla a Escelsa, é realizada no âmbito das óptimas condições de mercado verificadas actualmente, no que diz respeito ao preço da operação, disse Pedro Pires ao Negocios.pt

27 de Novembro de 2001 às 21:06
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A OPA lançada hoje pela EDP sobre a brasileira Iven, que controla a Escelsa, é realizada no âmbito das óptimas condições de mercado verificadas actualmente, no que diz respeito ao preço da operação, disse ao Negocios.pt Pedro Pires, director de relações com os investidores da EDP, sublinhando que a eléctrica se limitou a antecipar uma medida que já estava prevista no longo prazo.

A Electricidade de Portugal (EDP) lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a brasileira Iven, com vista a adquirir as acções que ainda não detém na empresa que controla 52,27% da distribuidora de energia Escelsa.

Pedro Pires, à margem da conferência promovida pelo «Expansión» e «Diário Económico», considerou que a operação lançada hoje «incorpora as óptimas condições de mercado» para a EDP uma vez que a oferta incorpora um preço unitário significativamente inferior ao suportado pela eléctrica nacional para a adquirir a actual posição detida na Iven.

Investimento de 23,52 milhões de euros

A EDP oferece 490 reais (225,59 euros ou 45.227 escudos) por cada lote de 1.000 acções, pelo que a operação deverá ascender aos 23,52 milhões de euros (4,72 milhões de contos), correspondentes a 17,38% do capital da Iven que se encontra espalhado por diversos accionistas minoritários.

A EDP detém actualmente 73,12% da Iven, sendo que a empresa tem um acordo com o Opportunity Fund para adquirir, ao longo de 25 anos, a posição de 5,34% que aquele fundo mútuo detém na Iven.

A entrada da EDP na Iven ocorreu em Agosto de 1999 e envolveu um investimento de 1,02 milhões de reais (510 milhões de euros ou 102,25 milhões de contos à cotação da altura).

O mesmo responsável garantiu que a operação «tem em vista o rearranjo societário no longo prazo das nossas participações no Brasil», uma medida que no futuro «teria de ser feita de qualquer forma».

Pedro Pires adiantou também que tendo em conta a posição dominante no capital da Iven, já controlada pela EDP, o próprio «regulador do mercado brasileiro recomendou largamente a oferta aos accionistas minoritários «o que foi tomado em consideração pela eléctrica».

Com esta aquisição, a EDP [EDP] consegue passar a controlar a Escelsa, uma vez que a Iven detém uma posição de 52,27% na distribuidora de energia do Estado de Espírito Santo, que serve 900 mil clientes e cobre uma área de 41.300 quilómetros quadrados. A Enersul, distribuidora do Estado do Mato Grosso com 560 mil clientes e cobrindo uma área de 330 mil quilómetros quadrados, é detida directamente em 34,08% pela Iven.

O responsável da EDP sublinhou que quando o acordo parassocial terminar , o Opportunity não passará de um accionista minoritário, com uma posição de 25% no capital da Escelsa.

A mesma fonte adiantou ao Negocios.pt que uma possível aquisição da participação do Opportunity no futuro «é uma opção que terá de ser tomada na altura», não estando de momento «nada decidido em relação a isso».

« Esta operação constitui mais um passo na consolidação das participações accionistas do Grupo EDP no Brasil, que tem por objectivo primordial o enfoque nas participadas onde a EDP pode controlar a gestão e assim maximizar a criação de valor para os seus accionistas», disse a EDP num comunicado.

As acções da EDP terminaram nos 2,40 euros (481 escudos), a cair 0,4%.

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