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EasyJet regista perdas no período entre abril e junho

Tal como outras companhias de aviação, a easyJet suspendeu voos nos últimos meses por causa da falta de pessoal em vários departamentos, num momento marcado pelo aumento da procura. 

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26 de Julho de 2022 às 11:04
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A companhia aérea britânica de baixo custo easyJet anunciou esta terça-feira perdas de 114 milhões de libras (135 milhões de euros) no período entre abril e junho, 64,15% menos do que no mesmo período em 2021.

A empresa indicou que as perdas (valores brutos) devem-se principalmente aos problemas ocorridos após o levantamento das restrições impostas contra a propagação do covid-19 e que correspondem a 133 milhões de libras (157 milhões de euros) a que se somam também as taxas de câmbio monetário. 

Entre abril e junho de 2022, a easyJet registou um EBITDAR (sigla de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucros antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) de 103 milhões de libras (121,5 milhões de euros), face a 313 milhões de libras (370 milhões de euros) nos mesmos meses em 2019, antes da crise sanitária. 

Os valores foram comunicados à Bolsa de Londres esta terça-feira.  

A faturação até ao passado dia 30 de junho aumentou 1.755 milhões de libras (2.070 milhões de euros), face a 213 milhões de libras (251 milhões de euros) no mesmo período referente a 2021.  

Os custos gerais entre abril e junho de 2022 foram de 1.896 milhões de libras (2.205 milhões de euros) - 531 milhões (626 milhões de euros) em 2021 - devido ao maior número de voos, em relação ao ano anterior, e a dificuldades na operacionalidade. 

Tal como outras companhias de aviação, a easyJet suspendeu voos nos últimos meses por causa da falta de pessoal em vários departamentos, num momento marcado pelo aumento da procura. 

No relatório publicado esta terça-feira, a empresa refere que "tem as dívidas mais baixas da aviação europeia" (valores brutos) e que era de 200 milhões de libras (235 milhões de euros) no passado dia 30 de junho. 

Em relação às perspetivas para o ano em curso, a easyJet prevê que a capacidade (para transportar passageiros "no quarto e último trimestre do ano" (corresponde aos meses entre julho e setembro) seja aproximadamente 90% do mesmo período de 2019, com fatores de carga superiores a 90%. 

O presidente do Conselho de Administração da companhia, Johan Lunfgren, assegurou que cumprir compromissos com os clientes este verão é a "máxima prioridade" da empresa. 

Lunfdren destacou aumentos de 16 milhões de libras (19 milhões de euros) registados pela easyJet Hollidays. 

"Apesar das perdas deste trimestre devido às interrupções (programa de voos), o regresso dos voos de 'grande escala' demonstram que as medidas estratégicas que foram postas em funcionamento durante a pandemia estão a funcional e vai haver mais", acrescentou. 
 
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