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Distribuidoras propõem aos trabalhadores aumentos salariais entre 4,5% a 4,75%
A APED propõe aos sindicatos aumentos salariais entre os 4,5% e 4,75% para 2003, estando confiante na chegada a consenso com aquelas entidades, disse ao Negocios.pt o director da associação que representa empresas como a Sonae e a Fnac.
A APED acusa os sindicatos de desenvolverem, no ano passado, as negociações das revisões salariais por mais de 10 meses, não tendo sido possível a assinatura de acordo sobre os referidos aumentos.
Não obstante este desentendimento, as distribuidoras entenderam aumentar as remuneração dos respectivos colaboradores tendo em conta as políticas internas.
No entanto, a APED não quer que em 2003 ocorra o mesmo, tendo «requerido a passagem à fase de conciliação» com os sindicatos, cuja reunião decorreu hoje, disse António Rousseau. «A reunião correu bem, já nos estamos a aproximar mais e acredito que cheguemos a acordo em mais duas ou três reuniões», acrescentou a mesma fonte.
Os sindicatos exigem, por seu lado, aumentos na tabela de 2003, entre os 5,75% a 6,5%. Estes valores «estão acima das perspectivas das nossas associadas», mas a APED aceita alguma manobra de negociação aos seus valores propostos, adiantou o mesmo responsável.
As distribuidoras associadas empregam cerca de 50 mil trabalhadores. Os sindicatos, como forma de pressão, já anunciaram uma greve para 1 de Março, ao mesmo tempo que decorrem as negociações.
No ano passado, os sindicatos não chegaram a acordo visto que pretendiam aumentos salariais acima de 4%, enquanto a proposta da APED não foi além dos 3,5%, explicou Rousseau.
As partes vão reunir-se, novamente, na próxima semana, para discutir actualização dos salários.
A APED representa, entre outras associadas, o Carrefour, Grupo Auchan, supermercados Minipreço, o Lidl que no total facturam 7,5 mil milhões de euros por ano.