Um relatório do Banco de Espanha revela que não houve fuga de depósitos da banca espanhola após os problemas e a injecção de capital do Estado no BFA-Bankia, conforme era previsto.

Após a demissão de Rodrigo Rato, ex-presidente do Bankia, em Maio, José Ignacio Goirigolzarri foi nomeado o novo dirigente do banco. Com a nova nomeação, o governo espanhol anunciou a sua entrada no capital do Banco Financeiro e de Poupanças (BFA), a casa mãe do Bankia.

O novo responsável da entidade anunciou que o banco poderia precisar de uma injecção de mais 19 mil milhões de euros, para além dos 4.500 milhões injectados através da conversão de acções preferenciais do BFA, de acordo com o “Cinco Días”.

Apesar disso, os depositantes das entidades financeiras espanholas não levantaram os seus depósitos como era esperado. Segundo os dados de supervisão divulgados pelo Banco de Espanha, os montantes de depósitos e contas à ordem e de poupança apenas diminuíram em 7.413 milhões de euros no mês de Maio.

Ou seja, foi retirado do banco apenas 55% do total do dinheiro depositado. As famílias e as entidades não financeiras mantiveram 1,326 biliões de euros nas instituições financeiras espanholas, de acordo com o “Cinco Días”.

Já os depósitos de outras divisas aumentaram em 1.054 milhões até aos 25.587 milhões, o que representa uma subida dos depósitos de 4%.

Os dados revelados pelo Banco de Espanha revelam que os espanhóis mantêm, apesar de tudo, a confiança no sistema financeiro nacional.