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Delphi vai despedir 500 trabalhadores na Guarda (act.)
A multinacional de componentes automóvel Delphi confirmou que está a preparar o despedimento de 500 trabalhadores na sua fábrica de cablagens na Guarda, decorrendo esta tarde uma reunião entre a administração e representantes dos trabalhadores sobre este
A multinacional de componentes automóvel Delphi confirmou que está a preparar o despedimento de 500 trabalhadores na sua fábrica de cablagens na Guarda, o que corresponde a metade da força laboral, decorrendo esta tarde uma reunião entre a administração e representantes dos trabalhadores sobre este assunto.
Ao que o Jornal de Negócios Online apurou, a redução de pessoal fica a dever-se ao fim de produção de alguns produtos, principalmente cablagens que a Delphi da Guarda exportava para o grupo Peugeot.
A Delphi adianta em comunicado que a decisão "será executada até ao fim de Dezembro de 2007". "Em consequência da forte redução de actividade sofrida pela fábrica da Guarda, a Delphi é forçada a reduzir o número de trabalhadores", diz a empresa.
A empresa diz ainda que "a decisão de redução do número de trabalhadores impõe-se para adequar a capacidade à actividade disponível não pondo assim em risco a permanência do fabrico de cablagens na fábrica da Guarda".
Consciente de que a situação não é fácil, a multinacional manifestou estar "disponível para tentar minorar o impacto negativo da mesma, sobretudo junto dos trabalhadores da fábrica da Guarda, encontrando soluções que suportem os trabalhadores afectados por esta situação".
A fábrica da Delphi na Guarda tem cerca de 1000 trabalhadores, mas já chegou a ter 2.300 trabalhadores. A unidade industrial da Guarda, que produz para marcas como a Peugeot, Citroën e Ferrari, é a maior do grupo Delphi, que já chegou a empregar em Portugal cerca de 7 mil pessoas.
Actualmente a Delphi tem no mercado português quatro fábricas, localizadas na Guarda, Ponte de Sor, Seixal e Braga (uma antiga unidade da Grundig). Segundo fonte sindical contactada pelo Jornal de Negócios Online, Seixal e Braga são as unidades que atravessam o melhor momento.
A pretensão da administração da Delphi com a convocação de uma reunião com os trabalhadores será a de expor os seus planos para o corte de pessoal, com um objectivo inicial de negociar as saídas, sendo os despedimentos um segundo recurso.
O corte de empregos da Delphi em Portugal enquadra-se num plano mais vasto do grupo norte-americano, que também já afectou Espanha, com o encerramento de algumas unidades fabris aí instaladas.