Os CTT Correios de Portugal vão fazer greve amanhã e na próxima segunda-feira, dia 4 de Dezembro. Em comunicado a empresa não exclui a possibilidade de se observarem atrasos na entrega de uma "grande parte" dos 6 milhões de correspondências que todos os dias entram e saem da sua rede.

Segundo a mesma fonte, a experiência das últimas greves, que registaram taxas de adesão "pouco significativas", juntamente com o "grande esforço" de organização do trabalho dos últimos dias, "permitem aos CTT admitir a possibilidade de o serviço de correios se manter a níveis próximos do normal, garantindo-se assim o eficaz encaminhamento da tradicional correspondência de Natal".

Os pré-avisos que convocam as próximas greves foram emitidos por 5 dos 13 sindicatos representados nos CTT. São convocadas greves gerais para os Transportes Postais, a 30 de Novembro e a 4 de Dezembro, e para as unidades de Tratamento e de Distribuição, no dia 4 de Dezembro, esclarece o comunicado.

A mesma fonte sublinha que as Estações de Correio não estão abrangidas por estes pré-avisos de greve, pelo que os balcões se manterão abertos ao público nos horários habituais, "sem quaisquer constrangimentos".

"Os CTT reiteram que não há postos de trabalho em risco, nem planos que os ponham em causa. Pelo contrário, a empresa tem mantido políticas de protecção social e de modernização da sua estrutura, consubstanciada, entre outros projectos, na criação de um novo centro de correio empresarial para grandes clientes em Pinheiro de Fora, propriedade dos CTT, que emprega actualmente 17 pessoas do Grupo CTT e aposta em tecnologia de última geração".

A manutenção dos benefícios sociais, incluindo os cuidados de saúde dos trabalhadores dos Correios está também assegurado.

Os CTT "lamentam os efeitos possíveis das greves e tudo farão para que os clientes dos correios sejam o menos prejudicados possível"

Para tal, "serão accionados os habituais planos de contingênci operacionais, caso da priorização da correspondência de carácter social (incluindo vales de pensões de reforma e encomendas contendo medicamentos), do correio azul e da correspondência registada", conclui o comunicado.