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Crise europeia deixa Governo com apenas três ofertas pela REN

Executivo terá de negociar com uma energética chinesa, um fundo árabe e outro americano

15 de Dezembro de 2011 às 23:30
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A crise financeira europeia fez mais uma vítima. Ou duas. Ou três, dependendo da perspectiva. Primeiro: a britânica National Grid, que invocou a “instabilidade nos mercados” para se retirar da privatização da REN – Redes Energéticas Nacionais. Depois: o Governo, que ficou com apenas três interessados. E por último: a própria REN, que numa concorrência a três poderá não valorizar tanto como num processo envolvendo quatro interessados.

OGoverno aprovou ontem, emConselho de Ministros, a lista dos investidores de referência que passam à próxima fase da privatização da REN. O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes, revelou a desistência da National Grid e a qualificação dos outros três grupos que já tinham manifestado interesse à Parpública: a State Grid (China), a Brookfield Asset Management (Canadá) e a Oman Oil Company (Omã).

A privatização da REN prevê a venda directa de uma participação de 40% do capital social da empresa, mas cada um dos interessados só poderá comprar entre 5% e 25% da empresa. Se conseguir colocar esses 40%, o Estado ficará ainda com uma participação de 11,1% na REN, que poderá ser alienada mais tarde através de uma oferta pública de venda (OPV).

Marques Guedes afirmou ontem, segundo a agência Lusa, que “não há prazo firmado” para a conclusão da privatização da REN. Contudo, segundo o Negócios conseguiu apurar, o Governo está a trabalhar na calendarização da operação, que deverá em breve ficar definida.



QUEM SEGUE PARA A PRÓXIMA FASE NA PRIVATIZAÇÃO DA REN



STATE GRID

A empresa estatal chinesa gere a rede eléctrica da China. Tem 1,5 milhões de trabalhadores e é a 8.ª maior empresa do mundo, segundo a revista “Fortune”.

BROOKFIELD

A Brookfield Asset Management é uma gestora de activos americana, com sede no Canadá, focada em imobiliário, energias renováveis e infra-estruturas.

OMAN OIL COMPANY

Fundo soberano de Omã, investe no petróleo, infra-estruturas de energia, petroquímica, entre outras áreas. Em Espanha, por exemplo, tem 5% da Enagas e 10% da CLH.

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