Notícia
Covid-19: Groundforce coloca mais de 2.400 trabalhadores em 'lay-off'
A Groundforce Portugal vai colocar mais de 2.400 trabalhadores em 'lay-off', 69 terão o seu horário de trabalho reduzido e os administradores executivos propuseram uma redução de 30% do salário, anunciou hoje a empresa.
02 de Abril de 2020 às 10:14
Em comunicado, a Groundforce diz-se "fortemente afetada pela paragem de quase toda a frota TAP" e pelo "decréscimo abrupto" registado em todas as escalas onde opera por causa da pandemia da covid-19 e adianta que as medidas que a empresa vai adotar foram apresentadas na quarta-feira aos sindicatos.
Entre as medidas decididas pela empresa estão a colocação de 2.425 trabalhadores (85,6% do total) em suspensão temporária da prestação de trabalho ao abrigo do 'lay-off' simplificado, recebendo todos 2/3 das remunerações fixas mensais.
A empresa diz ainda que 55 trabalhadores (1,9% do total) -- das áreas de suporte e chefias operacionais -- terão o seu horário normal de trabalho reduzido em 15% e outros 14 (0,5% do total) - das áreas de suporte -- terão uma redução do período normal de trabalho, "variável em função das necessidades operacionais, e receberão 2/3 das remunerações fixas mensais".
Segundo a Groundforce, 324 colaboradores (11,4% do total) ficarão a garantir as operações diárias.
Em comunicado, a empresa adianta ainda que "os diretores da empresa terão 20% de redução do período normal de trabalho e os administradores Executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração".
Citado no comunicado, o presidente da empresa, Paulo Neto Leite considera que esta "é uma decisão difícil, mas necessária para a manutenção da empresa".
"Garante a proteção dos colaboradores, que são o nosso maior ativo, e que tem como finalidade manter a família Groundforce unida e intacta face aos danos e consequências decorrentes deste surto", considera o responsável, frisando que se está a viver "uma crise mundial sem precedentes", que afeta a saúde pública de forma muito agressiva, a economia mundial e o setor.
Dos 19.840 movimentos previstos para o mês de abril, para os quais a empresa tinha dimensionado a operação em equipamentos e recursos humanos, apenas serão realizados 778.
"Esta situação implica uma redução de 96% na atividade da Groundforce", sublinha a empresa.
A Groundforce salienta ainda que existem vários aeroportos onde a empresa está a operar que não tem previsto qualquer voo, mas lembra que, por prestar um serviço público, terá sempre de "garantir uma capacidade operacional permanente para qualquer eventualidade".
As medidas irão vigorar a partir de sexta-feira, por um período de 30 dias (que poderá ser alargado) e permitem garantir que os postos de trabalho, para todos as funções e cargos, estão assegurados durante 60 dias após estas medidas (ou da sua extensão), acrescenta.
Estas medidas foram apresentadas na quarta-feira numa reunião conjunta entre a Administração da Groundforce Portugal e todos os Sindicatos (SIMA, SINTA, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP), onde não compareceu a Comissão de Trabalhadores, e foram informados todos os trabalhadores, refere a nota.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.
Em Portugal, os últimos números dão conta de 187 mortes e 8.251 casos de infeção.
A Assembleia da República vai hoje discutir e votar a autorização ao decreto presidencial de prolongamento do estado de emergência em que o país se encontra desde o dia 19 de março.
Entre as medidas decididas pela empresa estão a colocação de 2.425 trabalhadores (85,6% do total) em suspensão temporária da prestação de trabalho ao abrigo do 'lay-off' simplificado, recebendo todos 2/3 das remunerações fixas mensais.
Segundo a Groundforce, 324 colaboradores (11,4% do total) ficarão a garantir as operações diárias.
Em comunicado, a empresa adianta ainda que "os diretores da empresa terão 20% de redução do período normal de trabalho e os administradores Executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração".
Citado no comunicado, o presidente da empresa, Paulo Neto Leite considera que esta "é uma decisão difícil, mas necessária para a manutenção da empresa".
"Garante a proteção dos colaboradores, que são o nosso maior ativo, e que tem como finalidade manter a família Groundforce unida e intacta face aos danos e consequências decorrentes deste surto", considera o responsável, frisando que se está a viver "uma crise mundial sem precedentes", que afeta a saúde pública de forma muito agressiva, a economia mundial e o setor.
Dos 19.840 movimentos previstos para o mês de abril, para os quais a empresa tinha dimensionado a operação em equipamentos e recursos humanos, apenas serão realizados 778.
"Esta situação implica uma redução de 96% na atividade da Groundforce", sublinha a empresa.
A Groundforce salienta ainda que existem vários aeroportos onde a empresa está a operar que não tem previsto qualquer voo, mas lembra que, por prestar um serviço público, terá sempre de "garantir uma capacidade operacional permanente para qualquer eventualidade".
As medidas irão vigorar a partir de sexta-feira, por um período de 30 dias (que poderá ser alargado) e permitem garantir que os postos de trabalho, para todos as funções e cargos, estão assegurados durante 60 dias após estas medidas (ou da sua extensão), acrescenta.
Estas medidas foram apresentadas na quarta-feira numa reunião conjunta entre a Administração da Groundforce Portugal e todos os Sindicatos (SIMA, SINTA, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP), onde não compareceu a Comissão de Trabalhadores, e foram informados todos os trabalhadores, refere a nota.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.
Em Portugal, os últimos números dão conta de 187 mortes e 8.251 casos de infeção.
A Assembleia da República vai hoje discutir e votar a autorização ao decreto presidencial de prolongamento do estado de emergência em que o país se encontra desde o dia 19 de março.