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Costa: Portugal precisa de investimento e não pode ficar "parado a olhar para as estatísticas" 

O primeiro-ministro sublinhou a importância do lançamento das linhas de capitalização de mil milhões para fomentar as empresas portuguesas.

Bruno Simão/Negócios
14 de Julho de 2016 às 16:18
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Somente com investimento o país vai voltar a crescer depois da crise. O primeiro-ministro elogiou a actuação do Governo para colocar o Programa Capitalizar em marcha e rejeitou uma atitude passiva num momento em que Portugal precisa de crescer.

 

"O país precisa de crescer e para crescer precisa de investir, sobretudo depois dos últimos anos a crise ter atingido duramente o investimento que fez regredir quase três décadas o nível de investimento", disse António Costa esta quinta-feira, 14 de Julho, em Lisboa.

 

"Ou ficamos parados a olhar para as estatísticas ou agimos de forma a fazer evoluir a realidade e as estatísticas depressa. Para isso, é essencial que haja investimento" para "criar emprego, aumentar o nível de riqueza para o país crescer", afirmou  durante a cerimónia de lançamento dos novos instrumentos financeiros do Programa Capitalizar.

 

O primeiro-ministro considera que os empresários portugueses estão com sede de investir, como provam o número de candidaturas ao Portugal 2020. "Ao contrário do que muitas vezes tenho ouvido dizer, não falta vontade nem intenções de investimento. Nos primeiros concursos que abrimos no âmbito do Portugal 2020 batemos sucessivos recordes de candidaturas a investimentos: em Abril tivemos mais de dois mil milhões de euros de candidaturas, em Maio tivemos três mil milhões"

 

Também deixou elogios ao trabalho feito pela Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas, liderada por José António Barros, que teve como objectivo conceber e propor novas medidas de apoio às empresas. "Trabalhou a um ritmo acelerado, apresentou um relatório em pouco tempo. Na altura muita gente disse: 'Cá está mais um powerpoint que não vai deixar de ser um powerpoint". Por isso, António Costa sublinhou que o Governo quis colocar rapidamente o processo em marcha e, no espaço de um mês, o relatório foi aprovado pelo Governo.

 

Os mil milhões vão começar a chegar às empresas a partir desta semana e ao longo do terceiro trimestre. A maior fatia vem da Linha de Crédito com Garantia Mútua: mil milhões para financiar projectos de investimento de pequenas e médias empresas, em particular o desenvolvimento ou a inovação de novos produtos e serviços. Com este instrumento, o Estado reforça as garantias concedidas às Sociedades de Garantia Mútua, que depois vão assegurar o financiamento bancário às empresas com spreads 20% a 30% mais baixo.

 

A fatia mais pequena (90 milhões) vem da Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível, uma "linha inovadora financia as empresas por entrada de capital, o retorno e feito por compra do capital pela própria empresas ou pelo investimento de terceiros", conforme explicou antes o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

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