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Corticeiros convocam greve de quatro dias por "aumento digno dos salários"

Sindicato considera proposta patronal de 58 euros para os salários uma "desconsideração para os trabalhadores" em face da riqueza das empresas e o aumento do custo de vida.

A Corticeira Amorim, que tem sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, é o maior grupo de transformação de cortiça do mundo.
Jorge Miguel Gonçalves
10 de Julho de 2023 às 13:02
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Os trabalhadores corticeiros decidiram avançar para uma greve de quatro dias, a partir de quarta-feira, pelo "aumento digno dos salários", anunciou a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).

"Em comunicado, enviado às redações, a organização sindical indica que a greve, a realizar por turnos, entre 12 e 15 de julho afeta as empresas Amorim Subertech, Amorim Cork Flooring, Granorte - Revestimentos de Cortiça, Socori - Sociedade de Cortiças de Riomeão, Amorim Champcork, Amorim Cork e Amorim Cork Composites.

"A Corticeira Amorim somou lucros de mais de 98 milhões de euros em 2022 e no primeiro trimestre já acumulou lucros líquidos de quase 24 milhões de euros, ou seja, cerca de 8 milhões de lucros líquidos por mês", mas apesar de "tanta riqueza criada, teimam em não querer aumentar devidamente os salários, num setor em que a maioria dos trabalhadores tem um salário base mensal de apenas 868 euros", lamenta o sindicato.

Num quadro em que "a inflação não para de aumentar" e "os custos com a habitação continuam a disparar", "a proposta patronal de 58 euros para os salários e 50 cêntimos/dia para o subsídio de refeição é uma desconsideração para os trabalhadores e representa uma perda real do seu poder de compra", observa a FEVICCOM, indicando que, por isso, os trabalhadores corticeiros, em conjunto com o seu sindicato, decidiram demonstrar o seu desagrado e a sua exigência de maiores aumentos salariais, através da greve".

A próxima reunião de negociações realiza-se na próxima sexta-feira, dia 14, na sede da associação patronal (APCOR), em Santa Maria de Lamas, com o sindicato a exigir que "a voz e a razão dos trabalhadores seja ouvida e considerada, pois há riqueza bastante no setor para a distribuir condignamente por quem a produz".
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