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Corticeira Amorim tenta cobrar dívidas na Rússia

Empresa portuguesa tem cerca de 30 funcionários na Rússia e diz ao Eco que a sua prioridade é a segurança dos funcionários e recuperar verbas "relevantes", que não estavam vencidas à data do início da guerra.

“Encaramos o ano de 2022 com otimismo”, declara António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim.
Jorge Miguel Gonçalves
17 de Março de 2022 às 10:07
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A Corticeira Amorim é uma das empresas portuguesas que tem a atividade comercial bloqueada na Rússia, na Bielorrússia e na Ucrânia, desde o início da guerra. Mercados que em 2021 representavam 12 milhões de euros em vendas.


Com cerca de 30 trabalhadores na Rússia, o presidente executivo António Amorim, diz ao Eco que a prioridade da empresa é a segurança dos trabalhadores e de recuperar as verbas "relevantes", que não estavam vencidas à data do início da guerra.  


"Estamos a tentar fazer a cobrança, que é uma atividade muito importante. A venda só acaba quando o dinheiro entra na conta e não entrou ainda. O canal financeiro está bloqueado. Grande parte das transferências são difíceis de realizar porque tudo o que vem daqueles países neste momento não é bem visto. Os [departamentos de] compliance dos bancos têm dificuldade em dar sequência. Estamos a ver se conseguimos receber os montantes que tínhamos em aberto para conseguir manter a nossa solvabilidade financeira com esses mercados", descreve António Rios Amorim ao Eco, sem concretizar o valor em dívida.


No ano passado, a Rússia, a Bielorrússia e a Ucrânia representaram no total 1,5% da faturação da empresa, sediada no concelho de Santa Maria da Feira, que ascendeu a 837,8 milhões de euros.


A Corticeira Amorim é uma das empresas portuguesas que mais exportam para a Rússia e para a Ucrânia, de acordo com os dados do INE. Para aqueles países seguiam rolhas de cortiça, pavimentos e materiais compósitos.

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