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Copos reutilizáveis do Fundão na mira do Rock in Rio

Surpreendidos pela quantidade de copos espalhados pelo chão no Alive, Ana Sofia Malta e Hugo Moreira avançaram com um protótipo que está a seduzir os principais festivais de música.

05 de Junho de 2014 às 10:01
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Dois antigos alunos de Design Multimédia na Universidade da Beira Interior decidiram criar um sistema de copos reutilizáveis e mais ecológicos, feitos com plástico de origem vegetal, depois de terem "detectado o problema" espalhado pelo chão durante um festival de música em 2012 - em média, cada pessoa utiliza três copos descartáveis num evento deste género. Os fundadores da Bio Poli aproveitaram a recente edição do Rock in Rio em Lisboa para reunir com a Roberta Medina e com o responsável pelo departamento de sustentabilidade e garantem que "houve interesse" deste festival em usar este produto em futuras edições.


"É o único evento que tem certificado de evento sustentável a nível económico, social e ecológico, e estamos a conversar. Também tivemos interesse do Boom Festival, que se realiza este ano em Idanha-a-Nova, do GreenFest do Estoril e ainda do Andanças. O produto pode ser aplicado não só no contexto de festivais de Verão, mas também em exposições internacionais ou jardins zoológicos", enumerou Ana Sofia Malta. Em termos de potencial de internacionalização, admitiu que "já se vendem copos reutilizáveis no estrangeiro, mas não como [eles o querem] vender e com esta matéria-prima que o torna ainda mais sustentável a nível ecológico".


Instalados no Living Lab da Cova da Beira, no Fundão, os dois jovens designers usaram uma impressora 3D para desenvolver um protótipo, que desenharam com uma ondulação ergonómica para que o copo se adapte à cara do consumidor e com um suporte que lhe permite, por exemplo, guardar o copo ao pescoço ou na fivela do cinto, detalhou Hugo Moreira.


Entretanto foi já firmada uma parceria com uma fábrica da Marinha Grande, que irá futuramente produzir estes copos, cujo custo de produção ronda actualmente os 40 cêntimos, mas que poderá baixar com um maior volume de encomendas. Para já - e a par do registo de patentes para o qual estão a poupar dinheiro -, a maior preocupação passa conseguir um financiamento entre os 50 mil e os 70 mil euros para iniciar a produção, estando "disponíveis" nesta fase inicial para "abdicar de uma percentagem" da empresa.

 

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