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Construtora chinesa Country Garden tenta negociar restruturação da dívida

A construtora tem ainda de pagar uma obrigação no valor de 3,9 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), que vence em dez dias.

25 de Agosto de 2023 às 13:41
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A Country Garden, uma das maiores construtoras da China, está a negociar com credores a restruturação da sua dívida, visando evitar a entrada em incumprimento, o que teria consequências muito graves para a segunda maior economia mundial.

O grupo, há muito considerado financeiramente sólido, não conseguiu no início do mês pagar o cupão de dois títulos obrigacionistas, correndo assim o risco de entrar oficialmente em incumprimento após um período de carência de 30 dias.

Isto ocorre numa altura em que o setor imobiliário atravessa uma crise sem precedentes na China.

A construtora, que está presente sobretudo em cidades de pequena e média dimensão e emprega dezenas de milhares de funcionários, tem ainda de pagar uma obrigação no valor de 3,9 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), que vence em dez dias.

A Country Garden está em negociações com os credores desde quarta-feira para adiar o prazo para 2026.

Os credores têm até às 22:00 desta sexta-feira (15:00, em Lisboa) para votar 'online', segundo a agência de notícias Bloomberg.

Um acordo permitiria que a Country Garden evitasse a entrada em incumprimento. Seria a maior dívida na China desde a da Evergrande, há dois anos.

A situação da Country Garden está a causar nervosismo nos mercados porque o grupo tinha uma dívida de cerca de 176 mil milhões de euros, no final de 2022, segundo cálculos da Bloomberg.

A Country Garden foi a maior construtora na China no ano passado. Tem quatro vezes mais projetos que a Evergrande, cuja paralisação das obras gerou protestos em todo o país.

O grupo consta na lista das 500 maiores empresas do mundo da Forbes e a sua chefe, Yang Huiyan, era até recentemente a mulher mais rica da Ásia.

A situação da empresa é consequência direta de uma crise de liquidez sem precedentes no imobiliário da China, suscitada por uma campanha lançada por Pequim para reduzir os níveis de alavancagem no setor, que representa um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) chinês.
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