Há mais CEO portugueses entre os melhores nas empresas europeias. O "ranking" deste ano da Institutional Investor distinguiu um total de cinco, com António Mexia a destacar-se ao ser o melhor nas "utilities". António Horta Osório, que lidera o Lloyds, também venceu na categoria de banca, mas os CEO da EDP Renováveis, Galp Energia e Altri também ficaram no pódio.

António Mexia foi eleito, pelo "buy side", ou seja, gestores de fundos de investimentos e de pensões, como o melhor presidente executivo da Europa no sector das ‘utilities’ (água, gás, electricidade), no âmbito do "ranking" anual da revista Institutional Investor. Estes mesmos gestores atribuíram o primeiro lugar a António Horta Osório pela liderança do banco britânico Lloyds. No ano anterior, Horta Osório tinha vencido também no "sell-side", que representa as corretoras/bancos.

Estes dois portugueses venceram nas suas áreas, mas houve outros dois que ficaram em segundo lugar nos seus sectores. De acordo com os dados recolhidos, Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, ficou na segunda posição no sector das energias renováveis na Europa, o mesmo lugar obtido por Paulo Fernandes com a Altri (como já tinha acontecido no ano anterior). Em ambos os casos, foram distinguidos pelo "sell side".

Ferreira de Oliveira, que está prestes a abandonar o cargo de CEO da Galp Energia, também ficou bem classificado. Conseguiu o terceiro posto entre as petrolíferas europeias sendo, neste caso, a distinção resultante da votação dos gestores de fundos de investimentos e de pensões, segundo o "ranking" disponibilizado no "site" da Institutional Investor.

Energia brilha no IR

Além dos CEO, os CFO, ou administradores financeiros portugueses também mereceram destaque no "ranking", especialmente os do sector da energia. Nuno Alves, o CFO da empresa, foi reconhecido com o 2º ("sell side") e 3º lugar ("buy side") no "ranking". Rui Teixeira, CFO da EDP Renováveis, foi reconhecido pelos analistas de "sell side". E os profissionais das relações (IR, sigla para Investor Relations) com investidores do sector energético também se destacaram.

Miguel Viana foi considerado, pelos profissionais de "buy side", o melhor profissional entre as ‘utilities’, ficando na segunda posição no "sell side", enquanto a EDP ficou na segunda posição em ambas as votações. A Galp Energia foi eleita a terceira melhor empresa na relação com investidores. Nota ainda para as segunda e terceiras posições obtidas pelos responsáveis de IR da Nos e da Mota-Engil, respectivamente.

Mais empresas

Portugal conseguiu colocar, este ano, um total de seis empresas entre as melhores da Europa, de acordo com o "ranking" da Institutional Investor. São, no total, seis as cotadas que foram premiadas: EDP, EDP Renováveis, Galp Energia, Altri, Nos e Mota-Engil. Ou seja, são mais duas do que no ano anterior. EDP Renováveis, Nos e Mota-Engil não entravam no "ranking" anterior.

A EDP é a melhor classificada entre as portuguesas, ocupando a 20ª posição no "ranking" europeu elaborado com base nos votos de 870 investidores de ‘buy-side’ de 485 instituições financeiras e 1110 analistas de ‘sell-side’ de 160 instituições europeias. A EDP Renováveis surge apenas na posição 150, à frente do Lloyds (155) e da Galp Energia que está no lugar 163. A Altri está em 170, a Nos em 189 e a última das portuguesas surge no posto 223 da lista da Institutional Investor

Adeus à PT

Se na lista deste ano há três entradas, há uma saída face ao "ranking" anterior. A Portugal Telecom, que chegou a ter Zeinal Bava como um dos melhores CEO na Europa, para os gestores de fundos, bancos e corretoras, estava na posição 217 na última lista elaborada por esta publicação. Este ano, depois de todos os problemas envolvendo a empresa, nomeadamente a aplicação em dívida do GES, não aparece sequer na classificação.