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Companhias aéreas europeias registam maior crescimento desde 2011
O tráfego de passageiros subiu 4,3% em 2015, para 307 milhões de pessoas transportadas. Mas a associação que junta as gigantes da aviação europeia critica a nova estratégia da Comissão Europeia para o sector.
Desde 2011 que o tráfego de passageiros das companhias aéreas europeias não crescia tanto.
Em 2015, estas empresas transportaram quase 307 milhões de pessoas em voos regulares, mais 12,6 milhões do que em 2014, ou seja, um aumento de 4,3%, mostram as primeiras estimativas da Associação das Companhias Aéreas Europeias (AEA, na sigla anglo-saxónica), que junta as 22 maiores da aviação no continente europeu.
Além do aumento de passageiros, estes números indicam que as taxas de ocupação nos aviões voltam a atingir níveis recorde.
Nos voos na Europa e domésticos, as companhias que integram a AEA registaram uma subida de 4,5% no volume de passageiros movimentados, equivalente a mais 10,1 milhões. E terão alcançado no final de 2015 uma taxa de ocupação de 77%, acima dos 76,5% verificados em 2014.
Já no longo curso, a taxa de ocupação teve um "aumento marginal", estimando-se que fique em 83,7%.
"As companhias que integram a AEA conseguiram alcançar estes resultados positivos devido a sérias reestruturações e à introdução de novas estratégias comerciais", explicou o presidente executivo da associação, Athar Husain Khan. Mas lamenta que o "actual enquadramento regulatório na Europa não as tenha ajudado. As transportadoras aéreas continuam a precisar de uma política europeia que lhes permita atingir um crescimento sustentável".
Apesar de ver com bons olhos a estratégia traçada pela Comissão Europeia para a indústria da aviação, a AEA considera que "lhe falta ambição e que não propõe medidas adequadas para reforçar a competitividade dos operadores aéreos europeus".
"Há uma necessidade urgente de a Comissão propor medidas mais específicas e de maior alcance. Essa será a prioridade na nossa agenda em 2016", alerta Athar Husain Khan. "Regulação ineficaz, capacidade aeroportuária, controlo do tráfego aéreo e os custos e taxas impostos às companhias têm de ser resolvidos", reitera.