Quase mil milhões de euros. Foi este o valor dos lucros somados dos quatro maiores bancos privados nos primeiros seis meses deste ano. Um crescimento de 31% face ao primeiro semestre de 2005. O BPI foi o mais expressivo na valorização e o Santander o menos forte.

As comissões e a margem financeira foram decisivas. Bem como o negócio internacional, noticia hoje o Jornal de Negócios.

Nos primeiros seis meses do ano, a crise voltou a passar ao lado da banca. Os quatro principais bancos privados, BCP, BES, BPI e Santander Totta lucraram, em média, mais 31% do que no período homólogo de 2005, num total de quase 960 milhões de euros de resultado líquido. Apenas o Totta ficou abaixo dos 30% de subida de lucros e o BPI chegou quase aos 40%.

As fortes subidas conseguidas nas comissões mas também na margem financeira foram contributos preciosos nesta escalada de resultados. O Santander Totta conseguiu o crescimento maior nas comissões, de 23% e a mais baixa, do BES, foi mesmo assim de 10,6%. Pelo contrário, na margem financeira, foi precisamente o banco de Ricardo Salgado que registou a maior subida, de 13,6%. No ‘trading’, a componente de menos peso nas receitas dos grandes bancos, os crescimento foram também elevados. Apenas o Totta registou uma quebra de 22,8%.

Não menos importante foi, no caso do BCP e do BPI, o contributo da actividade internacional. Sobretudo no caso do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto, não fosse a actividade internacional e a performance da instituição teria sido bem menos positiva. O aumento dos lucros do BCP foi, em Portugal, de 18%, enquanto na actividade internacional, a subida chegou aos 39%. O próprio BPI admitiu ontem também ter beneficiado dos resultados no exterior.