A Cofaco antecipou a resolução do seu saneamento financeiro, obrigatório por lei, para o presente ano.

Na convocatória da assembleia geral agendada para o próximo dia 28 de Outubro, a conserveira coloca duas alternativas de corrigia situação financeira negativa em que vive há vários anos.

Apesar de o artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais lhe dar hipótese de resolver esta situação – ter perdido mais de metade dos seus capitais sociais – até ao início de 2005, a empresa liderada por Luís Magalhães Tavares pretende resolver a situação ainda este ano.

Depois de ter resultados negativos acumulados de 19,799 milhões de euros, a 31 de Dezembro de 2002, já superiores ao seu capital social, de 19,960 milhões de euros, a primeira alternativa colocada aos accionistas é a entrada em numerário desses 19,799 milhões de euros.

A cada acção corresponderá o valor unitário de entradas em numerário de cerca de 4,95 euros.

A segunda alternativa é uma operação-harmónio, de redução de capital dos actuais 19,960 milhões de euros, para 50 mil euros, seguida de um novo aumento para os cinco milhões de euros, tendente à cobertura dos prejuízos acumulados.

«Dada a complexidade de que poderá revestir-se qualquer uma das operações acima indicadas como possíveis alternativas, entende ainda o Conselho de Administração que as modalidades, prazos e demais condições das entradas, deverão ser debatidas e deliberadas na própria Assembleia Geral» do referido dia 28 de Outubro.