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Coface: Portugal vai ter uma das menores subidas de falências mundiais devido à covid-19

O impacto da pandemia deverá levar a um aumento de 25% no número de falências de empresas a nível mundial. Em Portugal a subida deverá cifrar-se apenas em 5%.

Espanha e Itália são os país europeus mais afetados pela epidemia de covid-19.
Juanjo Martin/EPA
06 de Abril de 2020 às 18:48
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A pandemia da covid-19 levou a Coface a rever as previsões para a evolução de falências de empresas a nível global. Se em janeiro a estimativa era de um aumento de 2%, agora a seguradora de créditos francesa antevê um crescimento de 25%.

Num relatório publicado esta segunda-feira, a Coface prevê que 68 países entrem em recessão este ano e antevê um aumento muito significativo no número de empresas a falir.

Mas, o panorama para Portugal é dos menos sombrios. A Coface antevê um aumento de 5% nas falências este ano, um dos valores mais baixos entre os países analisados. Aliás, apenas a Finlândia e Noruega, ambas com uma subida de 3%, e a Suécia, com 4%, apresentam menores incrementos, enquanto a Coreia do Sul deverá registar uma subida idêntica à de Portugal.

A maior subida de falências deverá ocorrer nos Estados Unidos, com um crescimento de 39%, enquanto no conjunto da Europa Ocidental a Coface antecipa uma subida na ordem dos 18%.

Entre os países mais afetados pela pandemia, as falência deverão crescer 18% em Itália, 22% em Espanha e 15% em França. Em pior situação estão países como o Reino Unido e Holanda, ambos com um incremento de 33% nas insolvências.

A Coface sublinha que este será o maior aumento anual de falências desde a crise de 2009, quando a subida se cifrou em 29%.

O relatório aponta ainda para uma contração do PIB mundial na ordem dos 1,3%, o que será o primeiro recuo desde 2009, quando a quebra foi de 1,7%. O comércio internacional também deverá registar um recuo, o que corresponderá ao segundo ano consecutivo de quebra. Se no ano passado o volume de comércio internacional caiu 0,4%, em grande medida devido à guerra comercial entre os EUA e a China, este ano a queda deverá situar-se em 4,3%.

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