"Infracção muito grave em termos de matéria laboral". É deste modo que a inspecção do trabalho justifica a abertura de um inquérito junto da Coca-Cola em Espanha por violação do direito à greve, segundo o "El Mundo".

O documento da instituição refere que a marca "actuou de forma indirecta contra o princípio de que os grevistas não podem ser substituídos por trabalhadores sem vínculo à empresa" a tempo de ser entregue o pré-aviso de paralisação, refere, citado pelo diário espanhol.

Os trabalhadores da fábrica da empresa em Fuenlabrada apresentaram uma queixa porque em dia de greve, segundo os operários, a marca produziu o mesmo produto noutra unidade de produção. A Coca-Cola, por este motivo, é suspeita de "encobrir a substituição física de trabalhadores" numa paralisação.

Para o sindicato dos trabalhadores, esta situação constitui uma "possibilidade de resolver possíveis conflitos que possam voltar a acontecer", refere, citado pela mesma fonte.

Em causa está uma greve contra o plano de encerramento da Coca-Cola Iberian Partners de quatro unidades de engarrafamento em Espanha. Este processo afectará 1.250 postos de trabalho – 750 despedimentos e transferência de 500 funcionários para outros locais.

Este plano do departamento ibérico da multinacional norte-americana não vai afectar os postos de trabalho em Portugal, conforme adiantou o director de relações públicas e comunicação, Tiago Santos Lima, a 22 de Janeiro de 2014.