A Cimpor deverá investir 260 milhões de euros este ano no seu crescimento, quer para reforço de capacidade (cerca de 130 milhões de euros), quer para operações de aquisição (outros 130 milhões de euros).

Em entrevista concedida à Reuters, o administrador financeiro (CFO) da Cimpor, Manuel Faria Blanc disse que "é nossa intenção investir anualmente, em média, cerca de 130 milhões de euros em novas aquisições".

Para o esforço, este responsável descartou qualquer necessidade de proceder a um aumento de capital porque diz que a empresa tem uma situação financeira que lhe permite satisfazer as suas ambições de crescimento.

Fonte oficial da Cimpor contactada pelo Jornal de Negócios Online acrescentou que o valor de investimento para reforço de capacidade a aplicar este ano se irá centrar "em África, em Marrocos, onde o investimento está quase a ser concluído, e, especialmente, na África do Sul".

Quanto a aquisições, na Ásia, "tanto pode ser a Índia ou outro mercado qualquer". No Norte de África, além de Marrocos, Tunísia ou Egipto, onde a Cimpor já está presente, sobram apenas a Líbia e a Argélia, onde a cimenteira já reconheceu em determinadas ocasiões estar a estudar hipóteses de compras.

No entanto, a mesma fonte, não quis adiantar mais pormenores. "No Norte de África, as hipóteses de aquisição poderão ser nos países onde já estamos ou noutros. Também estudamos oportunidades na América Latina, que para nós é tudo abaixo dos Estados Unidos", acrescentou.

Os Estados Unidos são a grande novidade das opções estratégicas da Cimpor para novas aquisições, sendo neste momento um mercado atractivo devido à desvalorização do dólar face ao euro.

"Ainda que não compremos nada, é possível aumentar o volume de negócios da Cimpor, este ano em pelo menos 5% face ao ano anterior", adiantou Manuel Faria Blanc na referida entrevista à Reuters.

Se se concretizar este objectivo, a Cimpor encerraria ao presente exercício com um volume de negócios na casa dos 1.433 milhões de euros, sem aquisições.