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Cimeira ibérica: Montenegro e Sánchez escrevem a Barnier sobre interligações ferroviárias

Luís Montenegro considerou que esta cimeira ibérica demonstrou "a força da relação bilateral entre os dois países", e apontou Espanha como "um país amigo, um país diferente".

José Sena Goulão/Lusa
23 de Outubro de 2024 às 15:42
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Os chefes de Governo de Portugal e Espanha vão subscrever uma carta ao seu homólogo de França para "poder levar a cabo a interligação ferroviária" de passageiros e mercadorias entre a Península Ibérica e o centro da Europa.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, na conferência final da 35.ª Cimeira Luso-Espanhola.

"Eu e o Presidente do Governo de Espanha vamos subscrever uma carta e vamos endereçar ao primeiro-ministro de França, precisamente para poder levar a cabo a interligação ferroviária que é necessária para o transporte de passageiros e de mercadorias entre a Península Ibérica e o centro de Europa", disse Montenegro.

Também ao nível da energia, os dois países deixaram um repto para "a concretização dos compromissos estabelecidos entre Portugal, Espanha, França e a Comissão Europeia no domínio das interconexões energéticas", que o primeiro-ministro português considerou que "não pode esperar mais".

"Em particular, à cabeça de todas, as interligações elétricas. Não é admissível que estejamos sempre a defender e a discutir as mesmas matérias quando elas são assumidas como compromisso em documentos solenes que vinculam os nossos Estados", disse.

Montenegro assegurou que, quer ele quer o presidente Pedro Sánchez, não vão regatear "nenhum esforço para forçar, é o termo, forçar a França e a Comissão Europeia, em representação de todos os outros Estados-membros, para cumprir um desígnio que aliás é uma das pedras de toque, quer do relatório Letta, quer do relatório Draghi".

"Para sermos uma economia mais competitiva, mais aberta, para podermos ter maior autonomia energética, para podemos ter também uma preocupação ambiental, que no caso de Portugal e Espanha é o reconhecimento do nosso esforço de investimento nas energias renováveis, nós não podemos deixar de garantir estas interconexões", afirmou.

Luís Montenegro considerou que esta cimeira ibérica demonstrou "a força da relação bilateral entre os dois países", e apontou Espanha como "um país amigo, um país diferente".



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