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China entra no top 5 do investimento em empresas portuguesas
O valor do investimento chinês na participação de empresas portuguesas chegou, em 2017, perto dos 50 mil milhões. O valor em posições de controlo, segundo a Informa DB, cifrou-se em 21 mil milhões de euros.
O ano novo chinês iniciou-se na sexta-feira, 16 de Fevereiro, com o ano do cão a suceder ao do galo. E é neste novo ano chinês que se confirma a relevância que o investimento vindo da China tem em Portugal.
Um estudo da Informa DB, divulgado na quinta-feira, 15, revela que o investimento chinês no mundo empresarial, nas empresas portuguesas controladas por estrangeiros, já ultrapassou o britânico. "Em relação ao valor do investimento, a China entra nesta lista, por troca com o Reino Unido, fruto de recentes investimentos em empresas de grande dimensão, em especial nos seguros e na saúde", diz a Informa DB. A chinesa Fosun é dona da Fidelidade e da Luz Saúde, o que garante essa entrada na lista em termos de valores de investimento.
Em número de empresas, os chineses ainda não entram no top 5. Segundo a Informa DB, Espanha, França, Reino Unido, Estados Unidos da América e Alemanha têm 55% das empresas com controlo estrangeiro. Se há muitas operações de aquisição – sobretudo de Espanha – nesta tomada de controlo de empresas portuguesas, há, no entanto, um aumento na constituição de novas sociedades com controlo do exterior.
Em 2017, nasceram 815 companhias com controlo de capital estrangeiro, na sua maioria espanholas, "quase o dobro do que foi registado em 2010, fenómeno que tem crescido desde 2013, atingindo em 2017 o valor mais alto da década", concluiu a Informa DB.
O que elevou o número de empresas portuguesas com participação estrangeira no seu capital (com ou sem posição de controlo) a 9.705 sociedades. E onde pesam menos é no emprego. Ao nível de volume de negócios pesam 47% do total empresarial, valor que aumenta para 72% no produto bancário e 92% nos prémios de seguro. Ao nível das exportações dominam 62%. Mas ao nível do emprego pesam apenas 25%.
O capital estrangeiro tem tido, segundo revela a Informa DB, preferência pelas grandes empresas: 64% têm participação do exterior e 48% têm mesmo o seu controlo. Estas percentagens descem à medida que a dimensão das empresas também diminui. A Informa DB detectou, ainda, que "os investidores internacionais tendem a privilegiar posições de controlo e em mais de 80% das empresas com participação estrangeira o capital é de apenas um país".