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Chairman põe TAP a dar lucros em 2017 e na rota da bolsa em “três ou quatro anos”
A TAP fechou o primeiro semestre com prejuízos de 52 milhões de euros, mas o chairman da companhia garante que a empresa vai fechar o ano com “resultado positivo”. Miguel Frasquilho considera ainda possível cotar a TAP em bolsa “num horizonte temporal de três a quatro anos”.
Miguel Frasquilho, chairman nomeado pelo Estado para o conselho de administração da TAP, não proferiu a palavra "lucros", mas afastou a companhia de terreno negativo para garantir que a empresa vai fechar o ano "com resultado positivo", apesar dos 52 milhões de euros de prejuízos registados no primeiro semestre.
"Esses resultados aconteceram, de facto. São, apesar de tudo, melhores do que o orçamentado e temos a perspectiva de que o ano será fechado com resultado positivo", afirmou Frasquilho, em entrevista, este sábado, 21 de Outubro, ao "Dinheiro Vivo"-
O chairman da TAP atribuiu os expressos prejuízos verificados na primeira metade do ano ao facto de o sector da aviação ser "bastante sazonal", sendo que, explicou, "geralmente a segunda metade do ano é responsável por dois terços dos proveitos".
Já em entrevista à Centre for Aviation, Elton D’Souza, vice-presidente da TAP, afiançou que a companhia prevê duplicar os 34 milhões de euros de lucros registados no ano passado. "Esperamos dobrar o lucro em 2017, comparado com 2016", afirmou D'Souza.
Já na entrevista ao "Dinheiro Vivo", questionado sobre quando é que a TAP terá condições para entrar em bolsa, Miguel Frasquilho respondeu que esse "é um desafio que vivemos", considerando possível que aconteça "num horizonte de três a quatro anos". A chegada da companhia ao mercado de capitais "vai depender muito de como a actividade evoluir", ressalvou o mesmo gestor.
Frasquilho enfatizou, de resto, o crescimento em curso da TAP, salientando que irão ser contratadas 900 pessoas até 2018, das quais "700 comissários de bordo e assistentes e um número próximo dos 200 pilotos, além das contratações que foram feitas no ano passado na manutenção e engenharia".
A TAP ´detida em 50% pelo Estado, 40% pelo consórcio Atlantic Gateway, de David Neelman, Humberto Pedrosa e os chineses da HNA, e 5% pelos trabalhadores.